The United States Vs Billie Holiday é um filme obrigatório, apesar de todos os pesares, só para entendermos o poder de Strange Fruit, uma música que fez com que o FBI perseguisse a diva até conseguir prendê-la por…
O filme se passana década de 1940, quando Billie Holiday já era A cantora, que batia de frente, que lutava como podia e que cantava sobre a fruta estranha com cheiro de queimado que se pendurava nas árvores do sul do país, na verdade os negros queimados pela Klan.
Essa música virou um hino pelos direitos humanos à época e foi proibida pelo governo de ser tocada, mas Billie ia lá, contra tudo e contra todos.
Só de ouvir as gravações originais de Lady Day, a maior de todas, em um filme já valeria a pena aguentar as 2h quase arrastadas que acabam sendo menos torturantes pelo brilho de Andra Day, que se entrega de corpo e alma vivendo Billie.
Mas The United States Vs Billie Holiday tem mais erros que acertos.
O roteiro é arrastado que só ele.
Em alguns momentos eu pensei que estava assistindo um programa ruim de televisão mostrando umas pessoas se drogando e falando qualquer coisa sem sentido, só faltava congelarem a cena e entrar uma locução de algum jornalista rouco dizendo: as drogas matam.
Lee Daniels, o diretor deste filme, que já nos presenteou com Preciosa, errou feio a mão aqui em muita coisa, apesar de ter acertado em cheio na direção do elenco, o que me deixa pensando se o mérito não seria de quem preparou o elenco.
Não que Lee Daniels seja ruim, só errou feio aqui.
Se não fosse o poder de Andra Day que ela tirou não sei de onde, porque o que ela faz no filme não é de uma atriz qualquer, The United States Vs Billie Holiday seria só mais uma cine biografia sem graça.
Viva Andra Day, viva Billie Holiday e não perca esse filme.
NOTA: