Blizzard of Souls é o filme indicado pela Latvia para concorrer ao Oscar de filme internacional.
O filme é um drama que se passa na Segunda Guerra Mundial onde um garoto de 16 anos de idade, com o avanço nazista, perde a mãe, suas terras e tenta se juntar ao exército soviético que pela primeira vez recruta homens de repúblicas que não a russa.
A história de Arturs e de como ele tenta sobreviver de qualquer maneira durante esses tem sombrios é muito bem contada pelo diretor Dzintars Dreibergs com seu roteiro bem escrito e bem clássico.
Nada em Blizzard of Souls (Nevasca de Almas) é além do que deveria ser.
Nem os diálogos, nem os movimentos de câmera, nem a direção de ator, nem a luz do filme.
Tudo está lá para servir ao “bem maior” que é a história.
Emocionante, triste demais, forte, pesada por vezes mas com Arturs representando aquela esperança de que tudo vai ficar bem no final, em um tour de force de crescimento, aprendizado e entendimento de quem ele foi, é e será.
Até os meneios a romances que o personagem principal acha que está vivendo e se decepciona e começa de novo estão lá para mostrar todos os percalços de uma criança grande sofrendo em uma guerra sangrenta, como foi essa invasão nazista.
Se um pouco mais ousado fosse, Blizzard of Souls seria maravilhoso, mas o academicismo, as escolhas formais do diretor, deixam o filme em um nível “quase lá”.
Mesmo assim, é um filme lindo. E triste.
NOTA: