Quase não assisti esse filme por ser co-estrelado pelo inglês Charlie Hunnam que eu adoro, mas que só tem feito porcaria nos últimos anos. O cara parece que tem o dom de escolher filme ruim pra fazer.
Acabei insistindo porque além dele tem uns caras bem bons no elenco, o Jack O’Connell e o Jonathan Majors (de Lovecraft Country).
E é um filme de boxe, luta underground, o que eu gosto pra caramba.
Mas Terra Selvagem é menos legal do que poderia ser, apesar de ser um filme melhor dos que os últimos do Charlie.
Aqui ele faz o irmão mais velho de um moleque (O’Conell) lutador bem bom, mas que por causa desse irmão roleiro e enrolador, tem que ficar lutando e se machucando e sofrendo pra não só pagar dívidas mas também pra sobreviver se escondendo e fugindo e nunca conseguindo o que quer.
O filme tem uma ideia boa, que é a do lutador participar de um daqueles torneios underground do mal, onde só um sai vivo e vencedor no final, mas tudo demora muito pra acontecer.
O caminho é maior e mais demorado que o necessário para chegar lá e acontecer o que acontece.
Terra Selvagem é a prova de que muitas vezes no cinema, a palavra de alguém bom e consciente e que conhece cinema que leia o roteiro antes do filme ser produzido, também chamado de “script doctor”, um dos meus atributos no meu dia a dia, inclusive, faz toda a diferença
Um toque muito óbvio dado aos roteiristas e esse filme teria alcançado níveis que eles não imaginariam possíveis, já que a produção e a direção são bem competentes.
NOTA: