Impetigore é o filme indicado pela Indonésia para concorrer ao Oscar de melhor filme internacional em 2021.
E o mais legal é que Impetigore é um filme de horror.
Hell yeah!
O mais legal ainda é que Impetigore é ótimo.
O título original do filme é “Terra da Mulher do Mal”, que é Maya, uma mulher pobre que um dia sofre uma tentativa de homícidio por ser filha do pai dela.
Pai que ela nem sabe quem é, nunca conheceu, porque desde pequena vive com uma tia que a criou e que disse que seus pais haviam morrido e só.
Ao fuçar as coisas da “tia”, ela acha uma foto dela pequena com seus pais na frente de uma casa com o nome do vilarejo.
O que ela faz? Vai com sua melhor amiga atrás de suas origens para aos poucos descobrir que o vilarejo é amaldiçoado e que a culpa é dela.
Para sua sorte, ninguém sabe que ela é a mulher do mal do título. Por enquanto.
Impetigore é um filme que poderia ter sido realizado no Brasil, dirigido pelo Rodrigo Aragão, porque conta essa história de uma cidade amaldiçoada, de fantasmas, de gente do mal e de gente desesperada, o mais legal do filme.
Quando a gente acha que está entendendo exatamente o que vai acontecer com o filme, Joko Anwar, o diretor, nos brinda não com uma reviravolta de roteiro, mas com umas surpresas tão bem escritas e bem pertinentes ao roteiro que dão um prazer perverso de vê-las na tela.
Impetigore é estranho, bem estranho, meio do mal (no bom sentido) e muito disso se deve a Tara Basro, a atriz que vive Maya, que não deixa passar uma palavra sequer de suas falas que não seja bem dita.
Provavelmente o filme não vai estar entre os 5 finalistas do Oscar, mas só de um país indicar um gore desses, caipira, cheio de histórias ancestrais, já vale a pena ser visto.
NOTA: 1/2