A Revista GEMInIS está com chamada aberta até o dia 14/03/2021 para artigos, resenhas, entrevistas e ensaios destinados ao dossiê temático “Desafios, tendências e pesquisas. Roteiros Audiovisuais”, tendo como coeditores temáticos os professores Gláucia Davino (IA/ UNESP, SP), João Massarolo (Imagem e Som/UFSCar) e Rosanne Welch (Stephens College MFA in TV and Screenwriting).
Temas sugeridos, mas não limitados:
• Análise de Roteiros
• Aprender a ser escritor / Aprender a teorizar
• Estudos de roteiro
• Interdisciplinaridade
• Linguagem verbal. O que isso significa?
• Processo criativo e recursos digitais
• Roteiro / Redação de teorias de pesquisa
• Teorizando Roteiro e direção
• Teorizando Roteiro e Show runner
• Teorizando Roteiro e montagem
• Roteiro transcultural
• Teorias e pensamento
• Todo mundo é roteirista
De apreciadores, amadores, a autores consagrados, de curiosos, às pessoas interessadas em se profissionalizar, temos visto o interesse crescente sobre Roteiro de Cinema e Audiovisual, nos últimos vinte anos, no Brasil. Inicialmente, de forma lenta, mas depois em ritmo exponencial como decorrência das mudanças inerentes ao mercado, às novas perspectivas proporcionadas pelas tecnologias, às possibilidades de renovações expressivas e participativas, aos formatos transmidiados, á diversificação das plataformas de distribuição e, principalmente, pela facilidade de acesso às informações sobre o tema que vêm alimentando essa tendência.
No aspecto profissional, a consolidação da ABRA – Associação Brasileira de Autores Roteiristas -, em 2017, resultante da fusão das duas associações anteriores, tirou o profissional roteirista de um status antes movediço e o destacou em direção à sua autonomia. Num movimento paralelo, foram criados editais públicos de fomento para o desenvolvimento de projetos destinados aos roteiristas profissionais e iniciantes. Surgiram encontros, festivais, concursos, oficinas de criação com parcerias internacionais e leis que mantiveram movimentações profícuas em favor do roteiro. Podemos dizer que a capacitação formal de roteiristas já foi inexistente até o final dos anos 1980 nos cursos superiores de cinema e RTV, quando passaram oferecer estudo e prática de roteirização nas componentes curriculares. Mais tarde, outras instituições e profissionais experientes no metiê passaram a oferecer cursos livres de formação. Hoje, já não é difícil encontrar incontáveis cursos de níveis e profundidade diversos.
No âmbito acadêmico, estudos em roteiro, pesquisas investigativas e experimentais já foram raras. As demandas da conjuntura técnico-cultural do audiovisual contemporâneo, com vimos acima, passou a provocar questionamentos, antes inertes, e sobre os quais estudiosos e investigadores passaram a se dedicar. Em determinadas ocasiões, o roteiro passou a ser tema transversal às discussões sobre o audiovisual relacionado a outras áreas do conhecimento. Mas, foi o Seminário Histórias de Roteiristas, evento acadêmico pioneiro, a dar voz e visibilidade às investigações, reflexões, experimentos sobre o roteiro como pivô de projetos de pesquisa e respectivos pesquisadores. Internacionalmente, é a rede SNR – Screenwriting Network Research – que se destacou essa mesma missão e vem disseminando essa cultura de forma brilhante pelo mundo.
Os trabalhos devem ser enviados pelo website da revista – http://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/about/submissions. O texto tem que estar nos idiomas português, espanhol ou inglês, em formato DOC, e conter, no mínimo, 07 páginas ou próximo de 2.500 palavras, e no máximo 25 páginas, aproximadamente 11.300 palavras. A estrutura do artigo, o resumo, as citações diretas e indiretas, as referências, imagens, quadros e tabelas devem obedecer às normas da ABNT, em vigor (NBR 06023).
É dada a preferência à publicação de trabalhos em que pelo menos um dos autores seja doutorando ou tenha titulação mínima de doutor. Além de aceitar trabalhos relacionados à temática da chamada, o periódico também recebe artigos acadêmicos em fluxo contínuo, que abordem outros assuntos ligados à área da comunicação e do audiovisual, assim como ensaios, entrevista e resenhas de livros publicados recentemente no Brasil, e no exterior. É dada prioridade de publicação a trabalhos submetidos por autores doutores ou em coautoria com pesquisadores doutores.
Sobre a Revista GEMInIS
Revista GEMInIS foi criada em 2010, quando o Grupo de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som da UFSCar, coordenado pelo prof. Dr. João Carlos Massarolo, completava seu terceiro ano de criação. A revista é online, gratuita e com periodicidade quadrimensal. Ela tem como objetivo reunir trabalhos científicos e artísticos que tratem de fenômenos próprios da convergência midiática e da produção audiovisual nas multiplaformas transmidiáticas. A publicação é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som – PPGIS/UFSCar, e possui a classificação Qualis B2 pela Capes, na área de Comunicação e Informação. Mais informações: www.revistageminis.ufscar.br.