Depois de 28 anos longe dos filmes, a grande atriz inglesa Glenda Jackson volta às telas com esse drama de mistério Elizabeth Is Missing.
Elizabeth é a vizinha e melhor amiga de Maud (Glenda), uma mulher de seus 80 e tantos anos de idade que mora sozinha e sofre os efeitos do Alzheimer, principalmente a perda de memória e a mistura de lembranças.
Maud, com ajuda de sua filha e sua neta que sempre estão por perto, marca tudo o que precisa se lembrar de fazer em papeizinhos colados pela casa e assim ela vai levando seu dia a dia.
Até que sua amiga desaparece.
E ela começa uma busca, uma investigação mesmo, para encontrá-la.
Tudo sozinha, já que ninguém a ajuda.
O Alzheimer faz Maud perder a memória recente mas também faz com que memórias passadas, bem antigas, voltem com força total, como se fossem recentes.
E Maud não só começa a misturar o presente com seu passado de adolescente, 70 anos antes, quando sua irmão mais velha Sukey também desapareceu.
Elizabeth Is Missing é um filme feito para a BBC baseado em um livro de muito sucesso pelas ilhas de Albion.
E vemos a razão pelo roteiro do filme, pela ideia de misturar as lembranças de histórias que em princípio são semelhantes e aos poucos Maud, do alto de seus 80 e tantos anos de idade, vai descobrindo coisas que ou não lembrava, ou não sabia.
E ter Glenda Jackson no filme é a grande cartada da diretora Aisling Walsh.
Em mais de uma cena, Glenda muda de atitude, de personagem, de era, de sentimento sem corte de câmera arrepiando nosso cabelo do pé da nuca.
Glenda Jackson em uma entrevista disse que decidiu fazer o filme porque o tema da doença lhe é bem próximo e que ela acha que deve ser mais discutido.
Eu a agradeço e só espero que essas grandes atrizes como Glenda, Marcélia, Fernandona, Vanessa Redgrave, Charlote, Ellen Burstyn e muitas mais, consigam ter mais e mais papéis em filmes como esse.
NOTA: 
