Time (Tempo) é um documentário lindo da Amazon sobre o amor que resiste ao tempo, claro, e a muitas barreiras.
Dá até uma ponta de esperança assistindo a história da Fox Rich por 20 anos lutando para que seu marido saia da cadeia.
Sem desistir, sem se cansar e ainda criando 4 filhos que crescem maravilhosamente bem.
Quando jovens, Fox e seu marido Rob roubaram um banco em um momento de desespero geral.
Ele foi condenado a 60 anos.
Fox, com uma sentença branda, foi presa e logo saiu.
A partir daí prometeu a si mesma que seu marido participaria de sua vida e de seus filhos (ela engravida de gêmeos quando ele ainda está preso) e por isso começou a fazer vídeos com seu celular de tudo o que vai acontecendo com a família, desde decisões importantes a coisas mais banais como gravar ela levando os meninos à escola quase todo dia.
Esses vídeos que Fox fez são as imagens usadas pela grande diretora Garrett Bradley para contar a história da família por quase 20 anos, com um material de arquivo preciosíssimo.
Garrett toma decisões ousadas em seu filme, por exemplo, usar esses vídeos antigos como referência estética para as imagens que são feitas nos dias de hoje, o que dá ao filme uma cara de mais íntimo ainda, por parecer que tudo foi feito com os celulares velhos de Fox.
E fazendo com que a gente (quase) nem perceba o trabalho primoroso da diretora.
Ver o quanto Fox cresce em seu dia a dia familiar e também profissionalmente é inspirador.
Mas o que encheu meu coração de alegria foi ver os filhos do casal crescendo, sempre ao lado da mãe.
Time é um filme sobre amor, sobre família mas principalmente sobre esperança, sobre acreditar que a fé não costuma falhar, como diz o Gil.
Time é um filme sobre a luta de uma vida inteira, sobre Fox sofrer quase calada e não deixar de tentar, de dar com a cara na porta e não desistir, tudo pelo amor por seu marido, um amor que ela diz que tinha certeza ser para sempre logo que o conheceu.
Viver isso, ler sobre isso é uma coisa, ver nas nossas caras que tudo tem jeito, por mais que o jeito não seja exatamente o que a gente esperava que fosse, é o que precisamos ver nesses tempos em que vivemos.
NOTA: /12