Lembra quando tempos atrás eu disse que Um Limite Entre Nós era uma bela de uma porcaria da Viola Davis?
Não me deram ouvidos e resolveram (Denzel de novo) fazer outro filme baseado em outra peça do mesmo autor, August Wilson, desta vez sobre a cantora Ma Rainey, conhecida como a mãe do Blues.
Lembra quando ao resenhar Era Uma Vez Um Sonho eu contei pra vocês o que o marketing de Hollywood faz com filmes ruins?
Meses antes do filme ser lançado eles fazem todo tipo de ação de entrevistas e matérias onde conseguem e não conseguem dizendo que (lá) o filme é o grande filme da Glenn Close e da Amy Adams, finalmente elas vão levar Oscars por seus papeis de caipiras lixo. Ou aqui, dizendo que Viola está melhor que nunca e que é o filme final de Chadwick Boseman, que ele fecha seu legado com chave de ouro e tudo mais.
Pa. Pa. Ga. Iada.
O filme é finalmente lançado, é uma grande e pesada porcaria e todo marketing vai por água abaixo.
Em A Voz Suprema do Blues, Viola tá caricata como Ma Rainey, Chadwick ainda está um pouco melhorzinho porque o cara era inacreditável mas seu papel é irrelevante, como aliás tudo nesse filme.
Não conheço a história de Ma Rainey mas eu corto meu mindinho fora se não teria outra passagem melhor e mais emocionante e mais relevante a ser contada que essa.
Assisti o filme ontem e a única coisa que me vem a memória é ela irritantemente pedindo coca cola porque está muito calor.
E olha que eu assisti de camarote show da Nina Simone no Free Jazz Festival no Anhembi o tampo todo reclamando de calor e a DIVA não foi grossa um momento sequer.
Pra ser sincero, ao terminar o filme fiquei na dúvida se A Voz Suprema do Blues seria mesmo sobre a personagem de Viola ou se alguma coisa deu errado no meio do caminho e eles tentaram transformar um personagem secundário sem carisma nenhum em foco principal do filme.
Que horror.
NOTA: