Muita gente tem criticado Mank por ser um filme muito “meta”, um filme falando de cinema, de personagens (reais) que nem são assim tão interessantes pro público em geral.
Na minha opinião esse “público em geral” acha que quem trabalha com cinema é só nível lindeza Brad e Angelina, que não é o monte de gente zoada que que é na verdade.
Se você faz parte desse público com esse pensamento, Black Bear não é pra seu deleite.
O filme conta uma história de um filme que está sendo feito onde os personagens da ficção se misturam com os personagens da vida real, onde quem escreveu o filme se relaciona com quem vive esse papel que na verdade é o oposto do que a gente acha ser no começo do filme e que de repente tudo muda.
Não entendeu? Que bom.
Se eu sou um pouco mais específico, a graça do filme se vai.
O que tenho a dizer é que eu nunca fui muito com a cara da Aubrey Plaza, sempre achei ela meio lesada demais pra mim. E quando a via dando entrevistas, era a mesma das personagens que ela vivia.
Até que ano passado ela apresentou os Independent Spirit Awards e me deixou boquiaberto.
Agora em Black Bear me deixou de novo, mostrando do que ela é capaz.
E pra melhorar, meu preferido Christopher Abbott quase rouba o filme.
Foi por pouco mesmo, porque ambos estão além de seus melhores, muito bem dirigidos em papeis surpreendentes.
Eu nunca teria pensado em Aubrey para esse filme. Parabéns pra quem teve essa brilhante ideia, já que ela também é produtora executiva aqui.
Resumindo: cabana de madeira no meio do nada, bem aconchegante onde vive um casal que aluga quartos em temporadas para amigos e amigos de amigos.
Lá chega a personagem da Aubrey e durante um jantar com um pouco mais de vinho, coisas serão ditas e feitas que dificilmente poderão ser desditas. E desfeitas.
A menos que o urso do título não fique só rosnando ao longe. Será?
Corta!
NOTA: