O novo filme do Borat saiu em outubro, no meio da Mostra e apesar de ter assistido, não tinha postado aqui ainda.
Todo mundo já falou (quase) tudo deste filme, mas eu tenho uma ou outra coisinha pra adicionar.
Antes de mais nada, eu amo o filme e amo ainda mais o Sacha Baron Cohen porque desta vez o desafio dele foi maior ainda.
Já que todo mundo conhecia o Borat, ele teve que criar personagens para o Borat se disfarçar e não ser reconhecido. E isso é foda.
O ator SBC) cria uma personagem (Borat) que o apaga completamente, neste caso então, 100%, com maquiagem, enchimentos, roupas, prostéticos, fazendo que que ele suma dentro da “ficção”.
O problema é que o personagem ficou, se bobear, mais famoso e reconhecível que o próprio ator, então ele precisa criar personagens para que sua personagem suma e por consequência, ele dentro do primeiro personagem.
E ele consegue.
Não só consegue como ele ainda cria uma nova personagem, a filha de Borat, que rouba o filme, se é que isso fosse possível.
Mas ela consegue, no evento da entrevista no hotel com o crápula Rudolph Giuliani.
E os méritos vão todos para Maria Bakalova, a atriz búlgara que também some dentro de sua personagem.
Só isso já seria motivo suficiente para eu indicar esse filme.
Mas o mais importante de Borat: Fita de Cinema Seguinte, lançado pela Amazon, é o quanto um trabalho árduo como esse acaba saindo da alçada de um “filme de comédia” e passa a ser um importante documento contra o neo nazismo americano, principalmente por ter sido lançado às vésperas das eleições.
Não sou ingênuo o suficiente de dizer que esse filme tenho mudado alguma coisa no campo político podre, ainda mais o americano, com dinheiro brotando do chão para apagar qualquer coisa.
Mas eu tenho certeza que o dia que alguém genial o suficiente fizer alguma coisa parecida com isso aqui no Brasil, sem ser a comédia só pela comédia, só pela piada, mas para transformar a piada em algo muito maior, tenho certeza que cabeças podem rolar.
Só a arte salva.
Viva o Borat.
NOTA: