Kikitácontecenu meu polvo?
Não se fazem mais filmes bons de horror lançados no mês do Halloween?
O canadense Spiral tem nota super alta no Rottentomatoes (79%) e eu achei uma porcaria, um dos piores roteiros do ano.
O que tá acontecendo, minha gente?
Spiral é um horror onde um casal gay e a filha adolescente de um deles, se muda para uma casa bacana em uma cidadezinha no meio do nada e logo de cara já sentem o quanto eles são estranhos e diferentes do povo que lá mora.
Spiral é uma tentativa falha que mistura O Bebê de Rosemary com “vampiros?” ou sei lá o quê em meio a uma leitura homofóbica para despistar algo que não se explica direito.
Pra piorar, a espiral do título, algo tão significativo e cheio de simbolismos matemáticos (oi Fibonacci) é totalmente relegada a nem segundo, mas último plano no filme.
Spiral de espiral não tem nada.
Nada justifica o personagem principal, Malik, gay, preto e absolutamente desconfiado de tudo o que acontece com seus novos vizinhos.
Esse pés atrás vem de um trauma em sua adolescência, que é mostrado o tempo inteiro em flashbacks desnecessários já que na primeira vez a gente adivinha o que houve realmente.
Adivinha se ele tá certo? Ou não.
O pior do filme é que as ideias do diretor e do roteirista são boas, as referências, as construções, as dicas, tudo funcionaria se fossem bem costuradas e bem escritas em um roteiro que de tão ruim, faz o filme terminar exatamente como um personagem no filme diz que não poderia ser esse o fim.
Sim, a mesma coisa que falei em The Lie acontece aqui, acho que tá virando moda roteiro que se auto sabota e acaba com o filme.
Desaconselho com força.
NOTA: