The Lie é o típico filme que eu odeio.
Apesar do elenco ótimo, da produção razoável e da direção ordinária, o filme é um lixo.
É o típico filme que veio de um roteiro bem ruim mas com, adivinhe, reviravoltas, plot twists que a gente tanto odeia e que, neste caso, ainda são reviravoltas horrorosas.
Veena Sud, a roteirista e diretora responsável por essa monstruosidade, tem uma historinha boa, foi diretor de The Killing, série bacana, mas só diretora, porque o roteiro era baseado na versão original da série dinamarquesa.
Não sei como The Lie foi produzido pela Bloomhouse, sei que tem o selo de filme para tv da produtora de horror americana e foi lançado nessa leva de 4 filmes com a Amazon.
Mas The Lie merecia ser sei lá, no máximo, um episódio de uma coletânea boba de suspense.
A mentira do título é contada por pai e mãe depois que sua filha de 15 anos mata sua melhor amiga.
Eles tentam de todas as maneiras esconder, através das mentiras que contam, todos os rastros que a filha pode ter deixado ou que a história poderia gerar
Acontece que, primeiro, a história é ruim, sem consistência nenhuma. Qualquer policial com mais de 2 neurônios resolveria em 2 dias sem esforço.
A família toda, pai, mãe e filha, estão desesperados e atiram para todos os lados em atitudes e respostas ao que acontece depois da tragédia.
A direção péssima não conduz as personagens a lugar nenhum, elas vão da calma ao desespero em um corte de cena, sem o menor sentido.
E olha que essa família é vivida por 3 ótimos atores: Joey King, Peter Sarsgaard e Mirreille Enos (de The Killing).
The Lie parece ser um fime histérico com personagens histéricos, cheio de cenas inúteis que vão de violência gratuita a carinhos que não existem mas que seriam ótimas se servissem para alguma coisa no roteiro.
E a gente sabe que roteiro mal escrito e sem propósito acaba em filme lixo que só serve pra perdermos (neste caso) 100 minutos de nossa preciosa existência.
NOTA: