Nada como um bom horror russo pra começar o final de semana.
Baba Yaga é uma personagem do folclore eslavo, uma demônia das florestas que se faz de babá para “pegar” crianças de famílias felizes e fazer com que essas famílias esqueçam completamente que essas crianças existiram.
Crianças de almas puras, obviamente, que é delas que esse povo do mal se alimenta, claro
É uma ideia bem doida pra uma personagem folclórica.
O filme conta a história que a tal Baba Yaga foi capturada tempos e tempos atrás e que precisa encontrar uma pessoa de alma clara para trazê-la para o lado escuro.
E consegue.
O filme se passa no subúrbio de Moscou, aliás um tipo de “localidade” que eu nunca tinha visto antes retratada em um filme, um subúrbio bem classe média mesmo, como qualquer outro, como se a Rússia de hoje em dia fosse mesmo um país normal (claro que tô brincando, mas é verdade, nunca tinha visto um filme passado nesse cenário).
Uma família que se muda pra esse lugar, com um filho pré adolescente que já arruma problemas na escola de cara, ainda tem que lidar com a madrasta com depressão pós parto e a possibilidade de seu pai estar se esquecendo de sua mãe que morreu há um tempinho.
Por causa da depressão da mãe, uma babá começa a trabalhar na casa da família e claro, essa mulher linda, de unhas enormes, é a “ajudante” da Baba Yaga, segredo que só o moleque descobre e vai ter que lidar com isso como conseguir para trazer sua irmãzinha de volta, antes que os pais esqueçam que ela existiu, senão já era.
O filme não é daqueles de super susto, de jump scares, de ficar roendo as unhas, é mais uma história “do mal” bem contada, quase que para um público não tão resistente a um horror mais forte, mas com um universo muito bem criado para essa função.
NOTA: