The Paper Tigers é mais um filme quase bizarrinho na programação do Fantasia Festival 2020.
O filme foi realizado com dinheiro conseguido via kickstarter e não foi muita grana.
Mas posso dizer que foi dinheiro muito bem gasto.
O filme conta a história de 3 amigos de infância que começam a treinar e estudar kung fu com um mestre super respeitado e com ele vão crescendo e viram lendas como os únicos discípulos desse mestre.
Mas a idade, desavenças, desentendimentos acontecem e todos se separam para se encontrarem quase 30 anos depois por causa da morte bem estranha do gênio do kung fu.
Os amigos que não se viam há décadas tentam resolver seus perrengues e se unem para descobrir a real causa da morte, já que ninguém parece saber de nada.
The Paper Tigers é uma comédia de luta, ou algo parecido, o que é ótimo.
Mas não nível trapalhões com personagens caricatos. O filme é engraçadinho, com um senso de humor ótimo, o que acaba dando uma aura bem especial ao filme.
E se o roteiro fosse focado nesse suspense com pitadas de ação de de sorrisos, seria lindo.
O problema é que o diretor Tran Quoc Bao em sua estreia resolve colocar uma pitada de drama no filme, da história de um dos 3 discípulos como um pai ausente.
Acontece que a pitada é ruim, foi como se ele colocasse uma colher de sopa cheia de sal numa xícara de café.
De propósito.
Uma das coisas que eu menos gosto no cinema é filme com lição de moral e Bao deveria saber que essas pitadas erradas entornam toda a preparação inicial de algo que poderia ser uma ótima dose de cafezinho e que acaba virando um líquido “imbebível”, quase.
E o pior: a premissa inicial e as cenas de luta são muito, mas muito boas.
NOTA: