Odeio começar resenha aqui com essa frase, mas não tem jeito: I Used To Go Here não é um filme ruim.
Só não é bom, como estão querendo nos enfiar goela abaixo.
O filme é uma comédia bem levezinha ou pode também ser um drama levezinho (sabe filmes que ficam nesse limiar?) o que poderia ser ótimo se o roteiro fosse menos óbvio e previsível.
Veja bem, disse que o filme não é ruim. A história é bacana até, mas o problema é que a gente sabe tudo o que vai acontecer.
Gillian Jacobs é Kate, uma escritora que acabou de lançar seu primeiro livro, um calhamaço de capa dura que não está indo tão bem assim de vendas logo no lançamento e por isso seus editores cancelaram sua book tour, uma coisa que tem muito nos EUA, que é uma turnê de escritores dando palestras e entrevistas e autografando livros pelo país.
Mas uma dessas viagens não foi cancelada, exatamente pelo ex professor de Kate para passar uns dias em sua antiga faculdade palestrando, autografando e se enturmando, o que acaba acontecendo.
O título do filme é “eu costumava frequentar aqui” e mostra o quanto esses dias em sua antiga cidade mostraram a Kate o quanto ela acaba repetindo vários de seus hábitos de quando lá morava.
O problema é que essas “repetições”, essa historinhas não levam ninguém a lugar algum.
Chegou uma hora no filme que eu queria que tirassem a Kate e deixassem só o resto dos personagens que pareciam menos chatos e menos ressentidos que ela.
O filme é produzido pelo Adam Samberg e sua produtora Lonely Island que nos deu recentemente o maravilhoso Palm Springs.
E só por isso eu acho inaceitável eles terem lançado uma comediazinha tão genérica como essa.
NOTA: