Stage Mother é o filme gay mais fofo da temporada.
Pena que é uma porcaria.
E tinha tudo para ser ótimo, a começar que é estrelado pela maravilhosa Jackie Weaver como a mãe religiosa e homofóbica texana desgraçada que expulsou o filho gay de casa quando era jovem.
Anos e anos depois, Rickie Pedia é uma drag famosa em São Francisco, dono de um club/bar meio falido, casado e que morre por excessos repentinamente.
A mãe então vai para o funeral do filho depois de décadas sem contato e descobre que é a herdeira do clubinho, ao invés de seu marido que não tem direito a nada, nem mesmo em São Francisco, a cidade mais gay da via Láctea.
Maybelline, como tinha vaga experiência no coral de sua igreja, vira da noite para o dia a diretora artística do tal clube e consegue tirá-lo do buraco.
Fim.
Mentira, não é fim, não é spoiler, brincadeira.
A tal da escrota homofóbica vira a mãezona mais fofa do mundo, cuidando das drags, reformando o lugar, dando ideias que ela tira não se sabe de onde, porque, né, ela é a típica trumpista texana.
Mas o diretor tenta nos fazer acreditar que isso tudo poderia acontecer, que o amor sempre vence, que ela foi uma cuzona com o filho mas vai compensar cuidando das bichas que não morreram, cuidando do filho da vizinha doidona (personagem ótima da Lucy Liu) e até se reconciliando com a verdadeira drag mãe do lugar, uma Jackie Beat perdida tadinha.
Stage Mother tinha tudo para ser ótimo, inclusive uma produção boa e eficiente para um indiezinho gay.
O problema é como sempre um roteiro horroroso cheio de buracos e um diretor que não sabe direito a que veio.
Pra vocês terem ideia o filme é cheio de personagens gays ótimos e as piadas são as mais infantis possíveis.
Parece que o filme foi escrito e dirigido por heteros simpatizantes que tentaram pagar de cool.
NOTA: