Ava é o novo filme da queridinha dos EUA Jessica Chastain.
Pra ser sincero eu até gosto da Jessica mas cada vez mais ela me prova ser uma atriz bem genérica, daquelas atrizes boas que fazem qualquer coisa e tudo bem feito.
Mas nada que salte os olhos, nada que marque absurdamente.
Ava é um filme produzido por Jessica que deve ter escolhido o roteiro a dedo porque ela fica em tela por praticamente 90% do filme.
Ava é uma assassina de aluguel das boas, ao que tudo indica, mas que tem um pequeno problema: ela gosta de perguntar a seus “alvos” o que eles fizeram de errado para ela estar ali naquela posição de matá-los.
Isso irrita muito seus chefes e aí vem o problema todo: o que fazer com essa mala.
Ava poderia ser um grande filme se esse fosse o foco principal da história.
Mas tinham que colocar brigas e facas e armas e explosões e tudo aquilo que a gente não aguenta mais.
Na verdade já me irritou no começo a história dela ser contada muito parecida com a história de Nikita do Luc Besson, sabe, da drogadona zuada que é recrutada e transformada numa máquina de matar.
Já contaram essa história, pessoal, vamos fazer os roteiristas trabalharem, caramba.
Logo no início o filme vai por um caminho bem interessante, que é o do drama pesadão dessa mulher que já foi zuada e virou, bem, uma assassina de aluguel bem zuada, cheia de traumas e culpas e problemas, que bom, pelo menos.
Mas o roteiro do filme é cheio dos desvios desnecessários, talvez com uma função de levar o filme para um patamar de ação e sair do drama, o que dá margem a orçamento milionário, diretor respeitado nessa área e o principal, nesse caso, um elenco de apoio estelar.
A mãe de Ava é vivida pela Geena Davis, maravilhosa. Seu mentor é um John Malkovich perturbado de sempre. E seu chefe, que ela não conhece é um Colin Farrell no auge.
Sério, podem voltar a dar filmes pro Colin estrelar que o cara voltou à forma, ou melhor, à todas as formas.
MAs colocaram também no meio o Common que tá tão desconfortável no filme como seu personagem está no papel de ex de Ava e atual da irmã dela.
E a Jessica?
Tá bem, né? Ela é boa, como eu disse, mas eu não me conformo que não tinha viv’alma no set de Ava que não teve a manha de ensinar a mulher a fumar.
Que nervoso!
Ela não sabe nem segurar um cigarro, caramba. E olha que eu nunca fumei na vida, mas sei quando alguém que não fuma faz papel de fumante. Péssimo.
Ava acaba sendo nem tão drama quanto deveria nem tão filme de ação e tiro, porrada e bomba quanto poderia e esse meio do caminho, que tem sido uma constante em Hollywood, que vem tentando abraçar um número desesperador de público, de uma forma ou de outra, não rolou pra mim.
NOTA: 1/2