Adoro horror bem gore, bem sanguinolento baseado em quadrinhos.
Random Acts of Violence ou Atos Violentos Aleatórios, é um desses.
Só não é mais legal porque é um pouco “estilosão” demais, cheio de cômodos com luzes coloridas, um azul, outro amarelo, outro vermelho, claro, que funcionam bem em draminhas e romancezinhos lindinhos mas que pra mim quebrava um pouco a vibe tosca do horror desse filme.
O filme é baseado em quadrinhos e sobre quadrinhos, começando com uma tour que um autor canadense de uma HQ de horror (Jesse Williams) vai fazer pelos EUA pra divulgar seu trabalho.
Sua HQ se chama Slasherman, sobre um serial killer muito, mas muito cruel que matava meio que no caminho de uma estrada. ___ cria sua saga em quadrinhos com novas mortes do assassino, imaginárias em uma saga sem sim, literalmente, já que ele pretende ter alguma ideia genial para acabar com sua saga.
Nessa tour de promoção, com ele vão sua esposa (a brasileira Jordana Brewster) que está pesquisando sobre as mesmas mortes, seu editor (Jay Baruchel, que também é o diretor do filme) e sua assistente que quer publicar suas histórias também.
Na primeira parada para abastecer o carro, eles resolvem deixar na conveniência do posto no meio do nada várias edições de Slasherman para serem vendidas.
Depois disso, eles vão encontrando pelo caminho um rastro de sangue com mortes baseadas nas páginas de Slasherman.
E o pior: Todd começa a receber mensagens cifradas que vão piorar a situação de desespero do quarteto viajante.
Os atos aleatórios de violência do título se mostram não tão aleatórios assim e o monstro do filme, o vilão da história, o Slasherman dos quadrinhos aos poucos vai mostrando que não está pra brincadeira.
De novo, se o filme não quisesse parecer tão moderninho com as luzes coloridas que incomodam e não ajudam em nada a histórias, RAoV seria o máximo, já que o sangue brota e jorra em muitas cenas, a crueldade é patente e todas as personagens do filme são mais que interessantes para fazerem parte de uma história bem escrita.
Mas RAoV é mais um filme de violência que de horror em si, ao que acaba parecendo ao final. e aqui que o filme se perde: seu autor e diretor tenta fazer mais um pseudo estudo sobre a violência em si do que um filme de horror. Ele abusa na exploração da “filhadaputagem” e acaba por ter um filme que não é nem um coisa nem outra, fica no meio do caminho e nesse caso, o meio do caminho é o lugar perfeito pra levar uma machadada no crânio do próprio serial killer que ele quis criticar ou enaltecer, ainda não cheguei a uma conclusão a esse respeito.
Pelo menos a trilha não é de sintetizadores, copiada do Goblin dos filmes do Dario Argento que ninguém aguenta mais ouvir.
NOTA: