First Cow é o novo filme ruim queridinho da crítica.
Coincidentemente é o filme mais recente da diretora (ruim) Kelly Reichart, do também ruim Certain Women, também queridinha(s) da crítica.
O povo paga pau diz que Kelly tem um estilo minimalista de cinema, o que eu discordo.
Existe uma diferença entre filme minimalista e filme simplório.
First Cow se enquadra (como esperado) na segunda categoria.
Como eu disse 4 anos atrás ao falar de Certain Women, First Cow é o típico filme que eu não entendo como acaba sendo feito.
Filme de nada sobre um quase nada.
O filme se passa séculos atrás, na conquista do oeste americano onde um cozinheiro talentoso, que não consegue trabalho nesse meio do nada, começa a fazer uns pães doce que vendem aos borbotões.
Quanto mais ele faz, mais vende e enfim consegue juntar um pouco de dinheiro, junto de seu companheiro de empreitada.
O único problema é que eles roubam leite para fazerem os pãezinhos.
E o leite vem da única vaca da região, que pertence ao político meio que dono do lugar todo.
Tudo vai às mil maravilhas até que o tal político experimenta o pãozinho e faz uma encomenda importante ao cozinheiro.
Fim.
Brincadeira, não é o fim, mas o filme é meio que essa historinha sem graça por mais de 1 hora.
E o que vem depois tem o mesmo ritmo e interesse besta desse início.
O filme é bem produzidinho, com uma direção de arte boa para os planos bem fechados que são a base da cinematografia, claro pela falta de dinheiro para cenários grandes e desenvolvimentos maiores.
Além do personagem do político, vivido pelo sempre maravilhoso Toby Jones, essa cinematografia e direção de arte são as únicas coisas muito boas do filme.
A direção é quase caricata, com personagens tão forçados que por vezes dá raiva. Kelly cria uns personagens em um nível “minimalista”de interpretação com personalidades muito maiores que suas carapaças.
E não funciona.
A tentativa de uma comédia misturada a um drama histórico e um filme de correria, de ação, pra mim não funcionou nada.
Pra você ter ideia, por várias vezes eu voltava o filme para ver se tinha cochilado e perdido alguma coisa antes por não estar entendendo como aquilo estava acontecendo naquele momento.
Não tem jeito, esse cinema pretensiosamente besta, com cara de “não quero te perturbar mas assista meu filminho feito com carinho” não me pega não.
NOTA: 1/2