Já que ontem terminou o Fantaspoa, vou dar um respiro nos filmes do festival. Mas só por hoje, porque ainda tem alguns bons a serem resenhados aqui.
Merci Bocuse é um documentário sobre a equipe de chefs representando o Canadá no maior prêmio gastronômico do mundo, o Bocuse D’Or, em 2019.
Para quem não sabe, Paul Bocuse foi o chef francês considerado o pai sola nouvelle couisine, o cara que revolucionou a gastronomia e que com esse prêmio, trouxe o chef à luz dos flashs.
Assim sendo, o sonho de todo chef no mundo todo é vencer esse prêmio, onde equipes de todos os países competem pelo júbilo supremo.
Este documentário mostra o nível de nóia que esses chefs entram para conseguir a glória.
Neste caso, o chef Canadiens e sua equipe ficaram quase 1 ano inteiro preparando e testando e criando os cardápios de todas as fases da competição.
Devo confessar que o documentário é mais interessante mesmo pra quem gosta de gastronomia e mesmo pra quem curte esses realities de comida, porque o Bocuse D’Or seria o cúmulo dia realities, já que esses chefs tem 5h35 para prepararem a refeição de suas vidas onde são julgadora pelos melhores chefs do mundo, todos vencedores do prêmio em edições anteriores.
Mas o filme também é legal pra quem se interessa pela nóia do ser humano, por observar o quanto alguém pode largar toda a sua vida em função, nesse caso, de um sonho.
No meu caso, além desses 2’pontos, ainda tenho um interesse em especial. Quando morei em Lyon, estudante durango de tudo, fui com minha turma da universidade jantar no Paul Bocuse, na era de outro de seu restaurante, que abria só poucos meses do ano e que por acaso ficava em Lyon.
Essa com certeza foi a experiência mais cara e mais prazerosa da minha vida, gastronomicamente falando. Despojos desse jantar passei 1 mês inteiro a pão e água mas não trocaria a experiência por nada, ainda mais porque o próprio Bocuse serviu nossa mesa e nos deu uma sobremesa de brinde, ao saber que éramos todos alunos da universidade que seu filho também estudava.
NOTA: