Limbo é o primeiro filme que assisti no Fantaspoa, o Festival brasileiro de filmes de gênero (horror, ficção científica, suspense) em sua edição de 2020, totalmente online.
Falei aqui como ver os filmes se cadastrando na Darkflix, vale muito a pena.
Limbo é um filme alemão em princípio doidão com um detalhe bem peculiar: foi feito em um único plano sem cortes, um plano sequência de 90 e tantos minutos.
Se você amou 1917, capaz de gostar de Limbo.
Até porque neste filme infinitamente menor que o inglês, não tem como ver onde ou se teve corte.
A história de fazer filme em plano sequência é dada geralmente pelos diretores dizendo que é para o espectador entrar no clima de tensão do tempo que os personagens vivem no filme.
Só que eu acho que o plano sequência só serve mesmo se algum personagem tem que resolver alguma coisa num tempo determinado, tipo desarmar uma bomba em 90 minutos senão o mundo acaba.
Ou como naquele filme meia boca com Jonny Depp, , onde ele tem que matar um político em 90 minutos senão sua filha, que foi sequestrada, morre.
Limbo não tem nada disso.
A ideia do filme é boa, com histórias que se entrelaçam direitinho, mas o roteiro é cheio de buracos com umas conclusões que não justificam a própria história, como por exemplo, uma funcionária de uma empresa gigante que descobriu uma “falha” no sistema de um cliente e quer contar para o dono da empresa e ao invés dele ouvir em 5 minutos, acaba levando a fofa para um clube totalmente underground onde acontecem umas lutas meio fight club cheio de sexo, drogas e muita corrupção.
Limbo não é ruim, é uma diversão boa, bem filmado, com um elenco bacana de coadjuvantes estranhos que acabam sendo quase protagonistas, já que geralmente o povo “normalzinho” alemão em filmes é bem sem graça.
Limbo poderia ser muito, mas muito legal se no final tivesse mesmo uma bomba a ser desarmada num tempo pré determinado. Infelizmente, o final é bem diferente, mas eu recomendoLimbo como diversão das boas.
NOTA: