Venho por meio desta confessar que acho que estou tendo uma overdose de filmes.
Com tanto tempo sobrando nessa pandemia, apesar de todos os pesares de trampos, editais estou naquele paradoxo de quanto mais tempo sobrando temos, menos conseguimos resolver as coisas.
E com mais tempo sobrando, mais filmes acabo vendo já que não tenho tanta opção de séries novas, ultimamente.
E minha paciência tem estado num limite.
Só nos últimos 8 dias eu deixei de assistir 5 filmes muito bem recomendados. E nem pretendo voltar a nenhum deles.
Por isso tenho procurado umas coisas mais suaves e esse Valhalla deu um sopro de sossego nos últimos dias.
Sempre adorei mitologia em geral e a nórdica em especial, com aquele monte de deusas e deuses incríveis, até que os filmes do Thor estragaram um pouco dando uma cor dourada demais a histórias que não eram tão glamurosas assim.
Se alguém se interessa por isso, sugiro ler Mitologia Nórdica do Neil Gaiman, que conta muitas lendas sem o verniz infanto juvenil de super herói.
Valhalla, este filme dinamraquês, vai nessa linha de desgurmetizar Thor, Loki e sua turminha que adorava ficar bêbado de hidromel, transar muito e acordar de ressaca para proteger Valhalla dos gigantes.
No filme, Thor e Loki acabam um dia na Terra, ou Midgard, à época dos vikings, como muito faziam e levam por engano para Asgard 2 crianças, irmão e irmã que acabam sendo peças fundamentais no Ragnarok, o fim do mundo da mitologia nórdica.
Valhalla é um filme meio infanto juvenil, tenho que aceitar, mas com uma visão mais “realista” dos deuses e de valhalla, o paraíso deles.
Se a sua visão de Thor ainda é o bonitão Hemsworth loiro e forte, pense mais em algo parecido com o Thor do terceiro filme dos Vingadores, bêbado, gordo e largado, só que não lindo e jovem, mas um fortão de uns 50 anos de idade.
Valhalla é bem bonitinho, quase fofo e conta em quase 2 horas algumas das histórias mais legais do cânone nórdico.
NOTA: