Eu estou falando, você não está prestando tanta atenção então vou repetir: olha só o cinema irlandês arrasando com vários filmes bons, um atrás do outro.
Don’t Leave Home é de 2018 mas só agora apareceu para assistirmos e mais um dessa leva a aparecer por aqui. E acho que o título não poderia ser mais oportuno, néam?!
Don’t Leave Home é uma mistura de Corra! com Butt Boy, tentando homenagear de alguma forma O Homem de Palha com cara de episódio de série de tv fantástica dos anos 1970.
Muita referência pra processar, né? Mas vale a pena.
O filme não é nenhuma maravilha do horror, é cheio de clichês muito óbvios até, mas eles funcionam contando uma lenda urbana irlandesa onde uma menina some depois que sua imagem também some em um quadro que havia sido pintado pelo padre de sua paróquia.
Vou explicar de novo: o padre artista pintou um quadro onde a filha de uma família que frequentava sua igreja, alguém próximo mesmo, uma menina de 8 anos de idade some ao mesmo tempo que a imagem da menina some do quadro a olhos vistos.
Décadas depois, uma artista plástica americana cria obras a partir desse e de outros casos parecidos onde meninas também sumiram sem explicação alguma.
O agora ex padre compra uma das obras, contrata a americana para criar uma obra in loco, na propriedade onde mora escondido desde o escândalo do sumiço.
A tal propriedade mais parece uma mansão mal assombrada, com uma governanta fazendo comida que parece gororoba de sangue, com motorista/ajudante que parece saído da família Adams, tudo para ajudar a mocinha americana indefesa se sentir totalmente dentro de um jogo de mistério e horror.
As ideias todas do filme são ótimas, muitas delas, talvez a maioria, sem pé nem cabeça, cheia de pontas soltas, mas mesmo assim muito interessantes.
O diretor e roteirista Michael Tully se mostra um cara que faz bem sua pesquisa, que escreve tudo que lhe vem à mente mas que precisa de alguém por perto para editar todo seu “fluxo criativo”.
NOTA: