Se você, como eu, AMA com letras maiúsculas Quase Famosos, vai se divertir a beça com How To Build A Girl.
O filme é a versão feminina, inglesa, anos 1990 do clássico americano.
Aqui, uma adolescente de 16 anos de idade, Johanna, do interior inglês, estranha, inteligente, engraçada, se torna uma crítica de música com seus textos absolutamente pessoais e ácidos.
Só que a partir de um certo momento, depois de muita crítica positiva mas principalmente negativa e muito bullying, ela decide ser a crítica mais punk de todas.
Eis que surge Dolly Wilde, a crítica que não poupa ninguém, que não tem medo nem vergonha e não faz questão de agradar artista nenhum, muito pelo contrário.
De queridinha das bandas a odiada por todos os músicos, Dolly vai do céu ao inferno com um prêmio de jornalista mais cuzona do ano, com troféu e tudo.
O filme é quase que uma comédia romântica às avessas, onde a mocinha se apaixona pelo jornalismo musical e o faz de gato e sapato, em uma história ótima que só seria melhor se tivesse sido baseada em algo real, como foi Quase Famosos.
A coisa linda de How To Build a Girl, além de mostrar um pouco como funcionava a imprensa musical inglesa implacável dos anos 1990, é a personagem Johanna/Dolly vivida pela maravilhosa Beanie Feldstein, a irmã talentosa do Jonha Hill, estrela do nosso preferido Fora de Série.
Apesar de americana e ter um sotaque que por vezes mostra de onde veio, quebra tudo como a ótima adolescente jornalista, mostrando o quanto uma personagem pode ir do zero ao 100, do inferno ao paraíso, com um sorriso no rosto e uma cartola que não cai da cabeça de jeito nenhum.
NOTA: