Olha que história legal de Hearts And Bones: um fotógrafo de guerra australiano, que cobre morte mesmo, lá na frente, um cara bem atormentado, um dia recebe a visita em sua casa de um refugiado sudanês pedindo para que ele não use em sua próxima exposição uma de suas fotos mais famosas, de um homem com um revólver na cabeça de outro, prestes a atirar, que foi tirada na vila do sudanês, que teme algo sério se a foto for exposta.
O fotógrafo em princípio acha uma afronta alguém pedir para que ele não faça alguma coisa, acha que seria um forma de censura.
Só que o sudanês convida o fotógrafo participar de encontros de um grupo de refugiados que discutem seus traumas e que ao fim do grupo, ensaiam um coral multi cultural.
E lá vai o fotógrafo aos poucos entender sobre um monte de coisas que suas certezas não o deixavam enxergar.
Para “piorar” a situação, a parceira do fotógrafo está grávida, depois deles terem combinado que não teriam mais filhos diante de um trauma prévio.
Quer dizer, tudo zuado.
Hearts and Bones é um filme legal, mas seria maravilhoso se a história toda fosse real.
Infelizmente não é, o que na minha opinião tira toda a aura de surpreendente que o filme pudesse vir a ter.
Hearts and Bones acaba sendo um filme só fofo, com umas lições de moral bonitinhas, umas outras lições de vida mais bonitas ainda e algumas lições de superação a serem consideradas.
Conclusão: o que seria uma porrada na cara acaba sendo um filme de sessão da tarde para ser visto em família, o que não é ruim, veja bem, mesmo porque o “casal” principal é ótimo, com o fotógrafo vivido pelo grande Hugo Weaving e o refugiado quase roubando o filme na pele do grande Andrew Luri.
NOTA: