Geralmente aos sábados eu posto algum filme lançado pela Netflix ou pela Amazon, mas essa semana ambos os serviços nos privaram de filmes novos (ruins).
Então, nada melhor do que falar de um filme bem peculiar, bem lindo, que mais parece uma colagem de haikais cinematográficos.
Sobre A Eternidade é assim, um monte (mesmo) de cenas curtinhas que na verdade são historinhas que se resolvem por si mesmas.
Uma lindeza.
Tem um ou outro personagem recorrente, como um padre que perdeu a fé mas continua rezando missas, em busca de respostas para seu problema filosófico.
A melhor coisa do novo filme do mestre sueco Roy Andersson é o humor. Ou melhor, o bom humor, já que Sobre A Eternidade não é uma comédia, longe disso.
Mas o filme que se presta a discutir quase que o sentido da vida, que nos mostra caminhos, uns certos, outros nem tanto, que mostra em personagens banais o quanto tudo funciona, tem uma leveza essencial para tratar temas tão profundos que poderia tornar Sobre A Eternidade um filme cabeçudo e chato.
Longe disso.
Roy Andersson é um diretor que lida com o tempo e as histórias de formas bem diferentes do usual e com este Sobre A Eternidade ele chegou a um nível tal que lhe rendeu o prêmio de direção no Festival de Veneza de 2019.
Seus filmes tem sempre ritmos bem peculiares, suas histórias são em princípio as mais mundanas possíveis mas quando a gente se dá conta, foi arrebatado.
Imperdível.
NOTA: