Não sei quantas vezes já falei aqui mas repito e repito de novo que minha vida intelectual foi moldada a partir de David Bowie.
Se eu acreditasse em deus, rezaria pra ele toda noite. No meu caso, rezo pro meu Deus Bowie.
Por isso, nada mais satisfatório que assistir mais um documentário sobre sua carreira, nunca é demais saber os detalhes e as historinhas, quanto mais, melhor.
David Bowie: Finding Fame é um filme da BBC/Showtime do ano passado que conta a história do jovem David Jones, do início de sua trajetória como cantor que imitava outros, até virar vocalista de várias bandas e o lançamento de seus singles.
O legal do filme é que termina quando Bowie alcança o mega estrelato, vira o grande cara do rock em 1972, quando lança seu álbum Ziggy Stardust and the Spiders From Mars e faz uma turnê absurda, legendária que termina com um discurso fortíssimo no palco.
Depois de, no meu caso, ter lido tantos livros e entrevistas e ter visto tantos vídeos sobre Bowie, assistir esse filme cheio de áudios e imagens inéditas dos arquivos da BBC é lindo demais.
Emocionante assistir seu namorado e ícone do teatro Lindsay Kemp falando de como Bowie parecia um anjo.
Ou ouvir sua ex namorada Hermione falando do quanto ela ficava impressionada como ele tinha cara de menino de 12 anos e alma de um ancião.
E do quanto ela ficou feliz quando ele lançou a linda Letter To Hermione.
O filme tem um monte do melhor amigo Tony Visconti, tem o Rick Wakeman, tem vários músicos de suas primeiras bandas e alguns amigos de infância, que estiveram por perto sua vida toda.
E um detalhe: não entrevistaram a chata de galocha, Angie Bowie, sua primeira esposa. Falam bastante dela, do quanto ela influenciou nas montações para os shows e muito mais.
Mas não consigo gostar dela. Claro que é ciúme, mas ela abusa.
David Bowie: Finding Fame é um prato cheio para os fãs e um filme bem bacana para quem se interessa por como um artista pena para chegar ao estrelato, quando chega.
É bacana ver o quanto ele foi mudando pelo caminho, mostrando que o apelido de “camaleão” sempre teve um porquê.
Recomendo de olhos fechados e ouvidos abertos.
NOTA: