Desde janeiro de 2019, após sua primeira exibição no Festival de Sundance quando saíram as primeiras resenhas, que eu não via a hora de assistir The Lodge.
Desde então só lia que o filme era “o novo Hereditário”, o mais chocante do ano e a ansiedade só aumentando.
Finalmente o filme foi lançado pela internet e eu só digo uma coisa: muita calma nessa hora.
The Lodge é bom demais.
Um filme que se enquadra perfeitamente na categoria de filmes “doentes”.
Como Hereditário mesmo.
Mas diferente do já clássico, The Lodge não tem um roteiro tão perfeito quanto o filme onde a gente perde a cabeça de medo.
The Lodge foi escrito e dirigido por Veronika Franz e Severin Fiala, a dupla que nos havia agraciado com a fofura que é Boa Noite, Mamãe, um dos preferidos aqui do blog.
Só isso já é um aval e tanto. E a dupla não decepciona.
The Lodge é meio que um filhote de Hereditário com o Stephen King, com um monte de homenagens a O Iluminado.
The Lodge é lindo. Mas lindo mesmo. Tem uma direção de arte absurda e uma direção de fotografia totalmente se entendendo com a direção quase noiada com um plano mais lindo e bem enquadrado que o outro.
The Lodge é uma cabana no meio do nada, ou melhor, no meio de um monte de neve e gelo onde o casal de filhos pré adolescentes de um recente viúvo vão passar uns dias sozinhos com a nova namorada do cara, um mulher bem estranha, pra ser meio educado.
Essa mulher é vivida pela minha musa, neta do Elvis, Ryley Keough em seu melhor papel no cinema. E olha que ela tem feito filmes muito bons.
Ela tem um passado bizarro e um presente que faz com que as crianças a odeiem. Sério, ódio. E mesmo assim o idiota do pai manda os 3 para o meio do nada, mesmo com a fofa não sabendo cozinhar, nem cuidar de crianças e tomando um saco cheio de remédios absurdos.
Claro que as coisas vão mal, ou melhor, de mal a pior e daí temos um filme de “febre de cabana” com nóias e prováveis fantasmas e umas indicações de reviravolta de história bem inesperadas.
Quanto menos eu falar do filme melhor, as surpresas são bem boas com uns sustos melhores ainda. Mas não sustinhos bestas, sustos de arrepiar mesmo.
O problema de The Lodge é que por vários e vários momentos, as referências a outros filmes e outras obras (em geral) acabam sendo apenas estéticas, dando uma ideia do que poderia então acontecer no roteiro e nada.
Não que fizesse falta no roteiro final, mas incomoda o aleatório.
The Lodge é um filme que por pouco não se torna um clássico do horror mas é uma obra muito acima da média lançada aos borbotões, nessa época de modinha do medo.
Ah, só pra não esquecer, tem a Alicia Silverstone num papel pequeno e fundamental, numa cena lindaça e importante da história.
NOTA: