The Wave tinha tudo para ser um filmaço.
Frank é um almofadinha caretaço que leva uma vida bunda mole com a esposa patricinha e chata. Na noite anterior a sua promoção a sócio na “firma” de seguros onde trabalha, ele resolve comemorar com um colega e acaba em uma viagem psicodélica radical.
Eles vão a um bar estranho e lá conhecem 2 mulheres super interessantes que, eu não sei como, se interessam pelo engravatados.
Elas os levam a uma festa bem louca onde Frank começa a conversar com um cara bem estranho que ele pensa ser o traficante do lugar, meio mestre no trono, que já oferece cocaína e logo depois prepara um psicodélico (dos sonhos) da forma mais linda possível.
A partir daí, Frank começa a ter as próximas 24 horas, ou 48 horas, ou 72 horas mais doidas de sua vida monótona.
Ele vai e volta no tempo tentando resolver todos os problemas pelos quais começa a passar mesmo sem saber como e porque essa viagem no tempo funciona.
Imagina um Depois de Horas do Scorsese psicodélico, com viagem no tempo infinita de vai e volta, para a realidade e para lugares que Frank não faz ideia do que sejam e que são exatamente os lugares que ele mais se sente bem.
O problema do filme é que o roteiro tem uma “pegadinha” tão idiota, que fica clara logo no início da história toda, revelada pelo próprio personagem principal, que quando é revelada, decepciona mais do que deveria.
O roteiro de The Wave não é nada óbvio e esse “truque” é tão de principiante que não dá pra entender como alguém não chegou e disse: vamos tirar essa palhaçada que a coisa vai ficar melhor.
The Wave é estrelado por Justin Long, um ator que sempre fez uns papéis meia boca em uns filmes bobos, nível Drew Barrymore que neste filme finalmente encontra o personagem que precisava para levar sua carreira a outros patamares.
The Wave não é ruim, mas infelizmente também não é o filme doidão e maravilhoso e viajante que deveria ter sido. Culpa com certeza do diretor estreante super talentoso Gille Klabin, que espero que aprenda com o erro deste filme e acerte na mosca no próximo.
