Finalmente assisti Clemency, um dos filmes mais falados do final do ano passado, com muita gente apostando que Alfre Woodard ganharia todos os prêmios de melhor atriz no papel da diretora de uma penitenciária com corredor da morte.
Como todos já sabemos, Alfre não concorreu a nada e agora, depois de assistir o filme, vejo que o hype, o dinheiro de marketing é quase sempre maior que a realidade.
O filme é bem meia boca e a personagem de Alfre é uma personagem menos que meia boca: totalmente sem empatia, sem graça, fria no trabalho, fria na vida, com cenas ruins pelo filme todo numa história muito besta de um condenado à morte que espera, como todos, até o último momento, o perdão do Governador.
Mas não se deixe enganar: não só a personagem de Alfred é sem graça. Clemency é um filme tão besta que se não fossem literalmente os últimos 5 minutos de filme, minha nota seria mais baixa ainda.
O problema é ter que aguentar os primeiros 105 minutos de filme.
Se você gosta de história de corredor da morte onde o condenado se diz inocente e tem o povo que o ajuda mas tudo num ritmo lento e sem drama nenhum e sem surpresa nenhuma, você pode gostar desse filme.
O choque pra mim foi ver uma grande e incensada atriz como Alfre Woodard num papel tão mal escrito e tão sem profundidade que seu ápice foi uma cena de bebedeira com um colega onde, como todo resto do filme, nada acontece. E não me venha falar em sutileza, em silêncios nem nada assim: a personagem é sem graça. Sem. Graça.
Até o poster de Clemency é baseado na tatuagem mais cafona dos últimos tempos, pra termos ideia de como tudo no filme é meia boca.
NOTA: 1/2