A grande coisa de 8, além de ser um horror bom, é que é baseado em folclore da África do Sul.
A lenda que deu vida ao roteiro é a de um velho, bem velho que ninguém sabe o quanto, que por causa de uma maldição, precisa “colher” almas pelo resto da eternidade.
Mas ele é “enganado” e acha que se oferecer a alma da própria filha pode se livrar do seu fardo.
À medida que o filme se passa vemos que não só ele foi estúpido o suficiente ao sofrer a maldição como é ao tentar e errar novamente.
O filme tem sido colocado na categoria de folk horror que ganhou corpo com Midsommar e com os muitos filmes que se passam no meio do mato com histórias baseadas em folclore ou que se pretendem a tal.
8 é a prova que folclore local, historinha de medo de caipira mesmo fazem bons filmes que funcionam no mundo inteiro, já que historinhas de meio do mato existem em tudo quanto é mato.
Só que 8 deixa a desejar.
O filme é uma repetição sem vergonha de uma história só, com um roteiro que não desenvolve nada além da primeira ideia.
O que é uma pena porque a produção do filme é boa, elenco bom, mas só. A direção é quase tosca, fraca demais. E parece inclusive que o diretor não tinha a mínima intimidade com o tema ou com horror. O que é pior que tudo.
Lição a ser aprendida: não adianta o diretor saber onde colocar a câmera se não sabe onde colocar para contar uma história de gênero. E olha que isso é lição de primeiro ano de qualquer escola de cinema.
NOTA: