Falou em filme com viagem no tempo, tô eu lá, primeiro da fila, babando e vendo, por mais bizarro que seja.
Speed Of Life não é bizarro per se, mas é um draminha indie, cheio de citações a David Bowie (menos do que eu esperava, já que vendem o filme como uma homenagem a Bowie) com uma viagem no tempo, ou um personagem perdido/preso no tempo/espaço.
Além do Bowie, a grande coisa do filme pra mim foi terem usado 2 atrizes ótimas fazendo a personagem principal do filme, em seus 30 anos de diferença: Ann Dowd (que explodiu em ) e Alison Tollman (que arrasa esquartejando o namorido em Good Girls).
No dia 10 de janeiro de 2016, o dia que Bowie morre, abre-se uma fenda no tempo/espaço e o namorado da personagem de Alison some nessa fenda, que logo se fecha e fim.
Tipo sumiu, do nada, no ar, sem deixar rastros nem vestígios.
24 anos depois, quando Alison já é Ann, mais adulta, vivida, experiente, com um vizinho peguete, o namorado sumido reaparece no mesmo lugar da sala.
Ele volta como se estivesse lá atrás, com a mesma cara e a mesma roupa, como se pra ele não tivesse passado 1 segundo sequer.
E o negócio é que para ela, não importa o que aconteceu com ele, já que ela sempre teve esperança que ele reapareceria e por isso nunca deixou de amá-lo.
Speed Of Life é bonitinho, fofinho.
É o filme de ficção científica totalmente inesperado, sem efeitos especiais, sem abusos de um futuro próximo, que como estamos vendo, de futuro esperado não tem nada mesmo, na nossa vida real.
Essa é a qualidade e o defeito do filme, meio que um paradoxo do espaço tempo: o filme é ruim porque é uma ficção científica pobrinha e sem graça ou é uma ficção científica pobrinha e sem graça porque é tem um roteiro ruim e uma direção sem graça e desanimada?
Como diz o outro, de boas ideias cinematográficas o inferno tá cheio e Spped Of Life merece mais um lugar nesse inferno do que numa biblioteca de ideias perdidas no reino dos sonhos, de onde talvez nunca deveria ter saído.
NOTA: