Como diz a mãe da jovem bilionária Isi no meio do filme, “é normal uma jovem bilionária mimada surtar por causa de dinheiro, usar drogas, dormir com todo mundo, virar chef.
É meio isso mesmo o enredo deste filme alemão da Netflix, só que Isi não dorme com todo mundo, ela se apaixona pelo lutador de boxe pé rapado Ossi (de osso, de tão magro que ele é).
Isi e Ossi é uma comédia romântica bonitinha, bestinha, com um roteiro bom, personagens bem estereotipados, extremos.
A história rola bem, direitinho, com uma direção bem na média, sem nada de especial até que…
Ossi, o pé rapado lindo, tem uns problemas na família, como também tem a bilionária Isi.
Mas foquemos no Ossi: a mãe é uma encostada, não quer trabalhar, abusa bem do filho que não pode treinar como deveria porque precisa cuidar da vendinha que eles tem; o avô é um valentão que fica preso por 14 anos por brigas idiotas com consequências sérias.
Bom, logo que sai da cadeia, o avô vai uma noite encontrar o neto, sua namorada bilionária e um amigo em uma “rinha de rap” e ele se inscreve para participar.
E vai bem.
O povo faz vídeos e ele vira, claro, famoso na internet.
É contactado por uns produtores, ganha uma grana e grava umas músicas.
Só que a música do cara é completamente preconceituosa, meio nazi demais, detonando imigrantes, mas detonando forte.
E a música toca mais de uma vez no filme.
Eu sinceramente não entendi se isso foi uma piada ou uma crítica, mas se foi, não teve a menor graça.
Tanto que me tirou totalmente o foco do filme, fiquei esperando que alguma coisa acontecesse com o velhinho.
E nada.
O romancezinho que poderia ser bonitinho e ordinário acaba sendo ofensivo.
NOTA: