Villains é daqueles filmes que você não dá muito por ele em princípio por ter uma sinopse não muito original mas que aos poucos vai te ganhando e quando você perceber, se apaixonou.
Quer dizer, quase.
O filme começa com um casal meio Assassinos Por Natureza, entrando em uma lojinha de posto no meio do nada para roubar o dinheiro da registradora. Só que eles são atrapalhados, usam umas máscaras engraçadas, são desastrados, não sabem o que estão fazendo mas fazem, ficam com o dinheiro.
Só que ao fugirem, enquanto ela está dando os parabéns pra ele, que dirige, em forma de prazer oralmente sexual, o combustível acaba. Porque eles acabaram de roubar um posto e não abasteceram, claro.
Para sua sorte (será) eles começam a andar na estrada e logo encontram uma casa onde entram para pedir ajuda.
Só que lá não tem ninguém, eles procuram pelos cômodos até que acham uma menina de seus 10 anos de idade presa por uma corrente no porão, toda suja, sem falar, tadinha dela.
Logo chega o casal dono da casa, os pais da menina e… os vilões do título do filme.
Vividos pela sempre ótima Kyra Sedgwick e pelo estranhão bonitão Jeffrey Donovan, o casal mais bizarro dos últimos tempos não aceitam que um outro casal, jovem, bonitinho, ladrõezinhos de meia pataca, entrem em sua casa e descubram sua filha presa no porão.
E o absurdo continuo. E só piora.
Villains não é nenhum filme inovador, genial, “quebrador” de parâmetros.
É um thriller engraçadão, com 4 vilões patetóides, com possibilidades de horror das melhores sem pegadinhas espertonas, sem jump scare e sem reviravoltas de roteiro, como a gente tanto gosta.
O roteiro é de primeira, super bem escrito e com uma condução ótima. A direção é correta, sem exageros e sem erros.
E o elenco é impressionante. Além do casal do mal citado, os jovens são vividos por 2 atores que estão explodindo em outros filmes: Bill Skarsgard (o próprio It) e Maika Monroe (de It Follows).
Villains tem tantos pontos fortes que só não é tudo isso que deveria ser porque no final das contas faltou ousadia, o que é um pecado nos dias de hoje, ainda mais com a possibilidade quase infinda para um indie de baixo orçamento.
P.S.: descobri de onde veio o sotaque horroroso do Daniel Craig em Knives Out: ele com certeza assistiu esse filme.
NOTA: 1/2