O alemão Styx é um filmão.
Começa com um racha de carros, a noite, no meio da cidade, como todo bom racha.
De repente, numa curva, um carro que vem no seu caminho sem saber do que está acontecendo é pego de surpresa e bate em outro carro parado.
Os caras do racha, que pra mim seriam parte do filme, fogem e os paramédicos e a polícia chegam para cuidar do acidente.
O motorista está preso aos escombros do carro, drama pra tirá-lo de lá até que chega uma médica e resolve toda a parada.
O motorista, que para mim agora era o foco do filme, não é.
A história acompanha a médica, em seu último dia de trabalho antes das férias onde vai realizar sua viagem dos sonhos: velejar de Gibraltar até a ilha Ascensão sozinha.
E assim segue o filme, a médica, o veleiro, o mar, o céu e o silêncio, a paz.
O que poderia ser o filme com a promessa de muita ação nos primeiros 5 minutos a mudança radical zen na próxima hora poderia ser uma grande decepção ou um anti clímax radical.
Mas o diretor Wolfgang Fischer e sua super atriz Susanne Wolf conseguem tirar leite de pedra.
Styx é de uma beleza enorme, muito bem filmado e muito bem montado (editado), sem perder o ritmo em momento algum.
Depois de muito tempo sozinha (e de muito tempo de filme), a médica encontra um barco de refugiados no meio do oceano e tenta ajudar mais de 100 pessoas que estão prestes a morrerem afogadas porque seu barco está avariado, prestes a afundar.
Um menino refugiado chega ao barco da dra. Rieke e, desesperado, faz com que ela faça o que pode e o que não pode parar ajudar sua família e seus companheiros.
Styx é ótimo, uma surpresa para uma história tão delicada que de repente tem outra reviravolta e ao que parece, vira um drama político onde vemos o quanto outras embarcações negam ajuda aos refugiados, apesar do apelo todo.
O grande problema de Styx é seu final, que poderia ser um grande tapa na cara ou uma porrada das boas no estômago mas Fischer deixa a dever.
NOTA: 1/2