Pra deixar claro desde o começo: Troop Zero é o filme good vibes do verão.
Prepare-se pra um ataque cinematográfico de fofura.
Em 1977, numa cidadezinha no meio da Georgia nos EUA, um representante da NASA chega para escolher crianças vencedoras de um concurso típico americano onde o prêmio seria gravar a mensagem que iria no disco de ouro em uma nave para o espaço, que ficaria à disposição de alienígenas, junto com Mozart, Beethoven e outras obras geniais terráqueas.
O que acontece é que uma das meninas mais “estranhas” da redondeza é fascinada pelo espaço e quer participar e ganhar o concurso de qualquer maneira.
Pra isso ela monta um grupo de excluídos onde, além dela, tem a bichinha que sofre bullying todo dia, a menina cristã sem um olho, a gordinha que não fala, só detona tudo e a menina negra que só briga com todo mundo porque sim.
Pra participarem elas tem que passar por provas, ganhar “medalhas”, criar um show e, como a diretora escrota da escola (Allison Janney sub utilizada demais) não está nem aí pra essa turma de invertidos, elas pedem ajuda à assistente do pai da loirinha, uma mulher que vai fazer de tudo para vencer sua arqui inimiga, a tal da diretora.
A tal mulher é vivida pela Viola Davis, sem mancar, que também é produtora do filme e que roubaria as cenas, se o elenco infantil não fosse fofo demais.
Ah, um detalhe importante: o foco de animação do grupinho é ninguém mais ninguém menos que David Bowie.
Só isso já seria motivo suficiente para assistir o filme.
Mas Troop Zero tem um probeminha relevante: ele é enrolado, quase chato.
O roteiro demora muito a acontecer. Tudo demora a acontecer. E o que deveria ter sido ágil e engraçadinho acaba sendo arrastado. Mas engraçadinho e fofo.
E a culpa é total da roteirista, que acabou acreditando muito no seu poder de “enrolação”, que acabou não sendo o melhor poder de todos.
Apesar de todos os pesares, Troop Zero é o máximo de filme fofo, filme bacana, com uma turma de crianças desajustadas incrível mas que poderia ser mais ainda, se não quisessem mostrar tanto os adultos atrapalhando mais do que ajudando.
NOTA: