Eu trabalho escrevendo. Escrevo o dia inteiro. (insira aqui sua piada do tipo “e ainda não aprendeu”).
Quando estou escrevendo gosto de ouvir música e a melhor playlist pra trabalhar são as trilhas originais de filmes.
Aqui estão minhas preferidas de 2019, as que mais ouvi, as que me deixaram mais feliz.
Ah, o mais legal é que as trilhas são de filmes bem bons também, vale ouvir e ver os filmes.
LUCE: o filme estranhão quase preconceituoso e nazista tem minha trilha preferida do ano, de ninguém menos que o gênio do Portishead Geoff Barrow e Benn Salisbury. Veja o filme, ouça a trilha e prepare-se para a faixa 4, Skyhooker, de dar medo.
MONOS: um dos filmes do meu top 10, o pesadelo pós apocalíptico sudamericano, tem uma das trilhas mais pungentes de 2019, do Mica Levi.
MIDSOMMAR – O MAL NÃO ESPERA A NOITE: a trilha composta por Bobby Krlic é tão diferente do que eu esperaria para o filme que sempre que a ouço paro um pouco para a ficha cair e perceber que é música “do mal”, um caos caipira. Destaque para a faixa 5, Attestupan.
THE LAST BLACK MAN IN SAN FRANCISCO – a trilha de Emile Mosseri é de uma sutileza ímpar, para um filme que fala de memória (que se vai perdendo), nostalgia, com uma pitada daquela história de sentir saudade do que não se viveu, parece que a gente está dentro de uma igreja ouvindo hinos que nunca existiram mas que fazem todo o sentido.
O FAROL: um dos meus top 10 do ano, o filme “do Lovecraft”, tem uma das trilhas mais sinistras dos últimos tempos, graças a Mark Roven, que já tinha mostrado ao que veio em A Bruxa.
WATCHMEN: não poderia deixar de falar de Watchmen, do Deus Trent Reznor com seu parceiríssimo Atticus Ross. Perfeição. Destaque para a faixa 15, uma versão absurda de Life On Mars do Bowie que quando tocou no episódio, eu chorei de verdade.
EUPHORIA: mais uma série preferida da HBO, com a trilha que eu mais ouvi, perfeita pra pegar uma estrada, culpa do seu compositor, Labrinth, com destaque para All For Us, cantada pela estrela Zendaya, de chorar ao lembrar da cena do último episódio.
CHERNOBYL: a chave de ouro, pra fechar o post, é a trilha da islandesa Hildur Guðnadóttir, que era colaboradora do meu tão amado Jóhann Jóhannsson e que depois de sua morte, apareceu catapultada para o Olimpo. Além desta, também fez a trilha de Coringa, linda também, mas Chernobyl é de outro mundo.