Uma Mulher Alta é o filme russo candidato a uma vaga ao Oscar de Filme de Língua Não Inglesa.
Em ano de Parasita e Dor e Glória, o filme não tem nenhuma chance de prêmio, mesmo porque o filme é bom mas não é nada maravilhoso.
Uma Mulher Alta se passa em Leningrado ao final da Segunda Guerra Mundial, mesma época de Werewolf, olha a coincidência.
Só que enquanto no filme polonês as crianças tinham que se proteger dos lobos nazistas, no filme russo as pessoas, incluindo a mulher alta do título e sua melhor amiga, tem que se virar para sobreviver em uma época de escassez e desespero geral.
A mulher alta não foi pra Guerra, ela ficou na cidade trabalhando como enfermeira e cuidando do filho da amiga, que foi para os campos para ser “esposa de soldado”, como descobrimos durante o filme.
Quando ela volta para casa, tenta de todas as formas dar um jeito em sua vida e realizar seu sonho que é ter um marido e filhos.
Como não pode engravidar, por causa de seu trabalho na guerra, ela pede para sua amiga varapau ter um filho para ela, já que agora arrumou até um namorado.
Óbvio que nada disse é simples assim, estamos falando de 1945, União Soviética, frio, fome.
Uma Mulher Alta tem uma aura de filmão mas não é tanto assim, na verdade.
Ele é muito bem fotografado e muito bem dirigido (tanto que venceu o prêmio de direção no Um Certo Olhar em Cannes), mas me parece um daqueles filmes sem propósito, que eu penso “por que estão contando essa história?”.
Pra mim o filme deixa a desejar o tempo todo, não passando de um belo de um drama, quando poderia ser um filme bem esquisito e perturbado, por tudo que vemos na história das 2 amigas, muito parecido com o que acontece com filmes brasileiros, onde o diretor não ultrapassa a linha do estranho, com medo de bilheteria e mesmo assim tentam que o filme concorra ao Oscar.
Se bem que se esse está na short list do prêmio, tem muito brasileiro que também poderia estar, já que não mandaram Bacurau pra concorrer.
NOTA: 1/2