O ano não acaba e por sorte, também não acabam as surpresas.
Daniel Isn’t Real é um terror psicológico tão bizarrinho de bom, com umas ideias tão legais que vão nos deixando de queixo caído que merece não passar despercebido.
Ah, e o mais surpreendente de tudo: o filme é co estrelado pelo filho do Schwarzenegger, o Patrick, e ele é bom demais (só um adendo: achei o Patrick a CARA do filho do Trump, me deu ódio em alguns momentos).
Ou tá bem demais no papel do Daniel, o que não é de verdade.
Então, o título do filme já mostra de cara que Daniel é o amigo imaginário do Luke, um menino que cresce em uma família prestes a se desestruturar e que leva a sério demais as “dicas” que seu amiguinho lhe dá.
Já grande, com a mãe doidona (uma Mary Stuart Masterson boa como sempre) e com sérios problemas sociais, Daniel (Miles Robbins, que eu não conhecia, bom mas que some ao lado do filho do ômi) começa a faculdade e descobre que sem ajuda de seu fantasminha camarada, não é ninguém.
Daniel Isn’t Real vai do terror ao extremo de precariedade de saúde mental, passando pelo suspense e pelo indie ousado, mostrando que seu diretor Adam Egypt Mortimer pode fazer qualquer tipo de filme que vai fazer bem feito.
O que seria normal para todo diretor bom.
O filme é um filhote de Mandy, produzido pelo mesmo povo, que inclusive resolveu usar o que ainda restava de filtros e cenários vermelhos do filme do Nic que a gente tanto ama.
Mas Daniel Isn’t Real não é só isso.
Ou melhor, é tudo isso que falei e muito mais. O filme tem um puta elenco bom, tem um roteiro que não deixa pontas soltas mas tem um “monstro” que deixa um pouco a desejar.
E não, isso não é spoiler, até porque o “monstro” está entre aspas e o Daniel, o amigo imaginário, o alter ego fodão, lindo e gostosão de Luke é a grande coisa do filme.
Outra grande coisa é que o diretor Mortimer faz questão de não usar brincadeirinhas óbvias, sustos do nada e nem tira coelhos de cartolas.
Em seu filme tudo é às caras, quase sempre óbvio, apesar de tanta surpresa e de algumas quase reviravoltas de roteiro que acabam sendo um maravilhoso anti clímax psicosexual.
Já está disputando o troféu “Mandy do Ano” com o também ótimo Bliss.
NOTA: