Não sei porque cagas d’água eu fui assistir esse desenho A Família Addams.
Ops, essa animação. Revelei aí que sou velho, né? Não se fala mais desenho animado em 2019.
Bom, de qualquer maneira o filme é ruim. Que tristeza.
Conseguiram deixar a família mais doida, bizarra, monstruosa e engraçada numa coisa totalmente sem graça.
O filme começa mostrando Gomez e Mortícia se casando num ritual pagão até que são interrompidos por homens e mulheres com tochas, numa referência linda ao Frankenstein.
Eles fogem, acham a famosa mansão onde vivem o resto de suas vidas até que seus filhos Wandinha e Feioso são adolescentes.
E a história deveria “pegar” aí.
Só que mais uma vez se referindo ao Frankenstein, a ideia de colocá-los sendo os estranhos darks da cidade colorida classe média numa metáfora rasteira dos imigrantes de fora, dos estranhos, sendo mal tratados e enxotados pelos aldeões, ops, cidadãos de bem, foi rasteira demais.
Nada funciona no filme, apesar de algumas piadas isoladas boas perdidas pelo roteiro.
Wandinha é a personagem mais interessante da história, tentando se enturmar e meio que salvando tudo no final.
Mas até isso era previsível pelo andar da carruagem.
Se quisessem ter feito um filme para crianças bem pequenas, erraram, porque o filme não é tão “bobinho” quanto deveria.
Também não é “espertinho” o suficiente pra adolescentes.
Assim sendo, A Família Addams afundou no próprio pântano da mediocridade de seus mais recentes criadores.
Saudades da Anjelica Huston e do Raul Julia.
NOTA: