Acredito que esta seja a primeira vez que eu vou indicar um filme pela trilha sonora.
Luce é um drama, por vezes um suspense, com um monte de plot twist que não acontece, com um elenco ótimo mas com uma trilha criada pelo Portishead Geoff Barrow que vai te deixar nervoso por todo o tempo do filme.
Luce é um jovem nascido na Eritréia durante uma guerra sem fim, adotado por uma família americana que cresce para ser um estudante exemplar, com um futuro promissor pela frente.
Só que uma de suas professoras começa a ter dúvidas a respeito de Luce depois de um trabalho que ele faz se colocando no lugar de um ditador de direita assassino.
A professora acha que as ideias do ditador batem muito com o tipo de atitude que Luce vem tendo ultimamente em aula e pior, acha que coisas estranhas que vem acontecendo possam estar ligadas a ele, se ele for mesmo um garoto “do mal”.
Assim, a vida dele, de seus pais adotivos, de sua professora e de todos ao redor entram num redemoinho de dúvidas infindo tentando entender se Luce é o vilão que a professora acha ou se ele é mesmo o garoto traumatizado que vem tentando crescer como um americano “normal”.
E a trilha de Barrow nos coloca no centro desse furacão de medo, de incertezas e do que não é dito.
Faz algumas semanas que eu assisti o filme e até agora não sei se gostei ou odiei, porque como disse antes, o filme tem um roteiro cheio de reviravoltas de roteiro que não acontecem, tipo coitos interrompidos, muito anti clímax.
“Luce” foi escrito por J.C. Lee (um dos roteiristas de How to Get Away with Murder), adaptando uma peça que ele mesmo escreveu, com direção de Julius Onah (O Paradoxo Cloverfield) o que dá ótimas credenciais para esse filme que foi um dos queridinhos do Festival de Sundance desse ano.
Para terminar, o elenco do filme é encabeçado por Octavia Spencer, Naomi Watts, meu preferido Tim Roth e pelo menos conhecido Kelvin Harrison Jr. como Luce.
NOTA: 1/2