Euforia é um filme italiano quase bem bom, só que meio besta, dirigido pela musinha Valeria Golino.
O filme conta a história de 2 irmão, Matteo e Ettore.
Matteo é gay, se diverte muito, super bem sucedido, com projetos interessantes em um trabalho pra lá de glamuroso. Vive em um apartamento luxuoso, cheio de amigos bacanas que quando juntos, cheiram até não poderem mais. Basicamente um playboy gay.
Ettore é o irmão mais pobrinho, mora no interior, próximo à família, filhas e mãe.
Ele descobre que está doente e a mãe dos 2 pede que Matteo o leve para Roma para melhores exames.
Lá Matteo descobre que Ettore está com câncer terminal e pede para seus amigos médicos que não digam para o irmão, que digam que é um câncer tratável, para que ele não sofra tanto.
Durante seu tratamento, Ettore fica morando na casa do irmão e tem que se acostumar com seus excessos todos.
O que acontece quase que tranquilamente.
O que também acontece é que os 2 irmãos acabam descobrindo que são mais parecidos do que imaginavam.
Valeria Golino vem se mostrando uma boa diretora com esse seu segundo filme.
Ela nos entrega um drama de uma aproximação meio que forçada mais autêntico do que o óbvio roteiro deixaria transparecer. Muito por causa dos dois ótimos atores que fazem os irmãos, Riccardo Scarmacio e Valerio Mastandrea.
O problema é que Euforia, o filme e a sensação, dependem muito mais dos subterfúgios tóxicos do que deveriam, por causa de um roteiro que acaba deixando a desejar, principalmente em situações que estão no filme e não fazem o menor sentido para o desenvolvimento da história, como uma viagem para ver a Virgem.
Mesmo assim o filme tem momentos bem bons.
E a coincidência com o filme de ontem, The Farewell, onde a família também decide não contar para a avó que ela vai morrer de câncer, não é por acaso.
NOTA: