A Revista GEMInIS traz como tema da sua décima primeira edição “Cinema e Tecnologias”. Um número dedicado aos estudos sobre o estado da arte do cinema no âmbito de uma reflexão mais ampla, pensando nos alcances e nos limites, nas transformações e nas permanências, propondo, por um lado, uma análise sobre os novos modelos de produção, distribuição e exibição e, por outro, uma discussão sobre o que se entende por “cinema” e por “filme” em meio a noções correntes, tais como pós-cinema e cinema expandido, entre outras.
Na era da convergência midiática e das mídias pervasivas, a experiência da imagem em movimento se tornou quotidiana e variável, mas isso faz com que o cinema esteja fadado a desaparecer ou até mesmo já tenha desaparecido graças às novas formas de circulações das imagens? Em vista desse fenômeno, não se pergunta mais “o que é o cinema?”, mas apenas “onde está o cinema?” – exaltação de uma extensão territorial? E quanto à expressão “cinema expandido”, uma vez constatada a expansão, como o podemos definir e/ou onde encontrar o limite?
Sabemos que o cinema não possui mais a exclusividade das imagens em movimento, isso faz com que a revolução do digital seja tão importante quanto a revolução propiciada pelo cinema, o qual por sua vez inventou valores e estéticas que irão sobreviver necessariamente aos processos de convergência midiática? Ao se fazer esse paralelo, como as outras abordagens, costuma-se negligenciar uma imensa diferença: quando as primeiras tecnologias de imagem movente apareceram, entre 1890 e 1900, nunca se havia visto algo parecido: imagens dotadas do poder de captar a realidade (e não mais de a representar como a pintura), imagens de grandes dimensões e que reproduzem o movimento. As invenções técnicas dos últimos vinte anos teriam o mesmo impacto? Ou o mesmo alcance? De algum modo, elas trouxeram novidades tão essenciais em termos de sensação?
Atualmente, vemos a retomada do cinema de “Méliès” – o cinema espetáculo, da trucagem, da intervenção direta sobre a imagem, do retoque, do amplo controle com os filmes realizados com imagens de computador. Neste ambiente pós-cinema, o registro digital não é pensado como um empreendimento intocável, mas como uma codificação, sobre a qual é prazeroso intervir indefinidamente. O que pensar, pois, do cinema blockbuster e das narrativas imersivas contemporâneas?
A chamada de artigos está aberta até o dia 02 de novembro de 2015, e os trabalhos devem ser enviados ao e-mail: revista.geminisufscar@gmail.com. O texto tem que estar nos idiomas Português, Espanhol ou Inglês, em formato “DOC”, e conter, no mínimo, 07 páginas ou próximo de 2.500 palavras, e no máximo 25 páginas, aproximadamente 11.300 palavras. A estrutura do artigo, o resumo, as citações diretas e indiretas, as referências, imagens, quadros e tabelas devem obedecer às normas da ABNT, em vigor.
Além de aceitar trabalhos relacionados à temática do dossiê, o periódico também recebe artigos acadêmicos que abordem outros assuntos ligados a área da comunicação e do audiovisual, assim como ensaios, entrevista e resenhas de livros publicados recentemente no Brasil, e no exterior. É dada prioridade de publicação a trabalhos submetidos por autores doutores ou em coautoria com pesquisadores doutores.
Os trabalhos também devem estar acompanhados de um “Termo de Autorização para Publicação”, assinado pelo autor nos seguintes termos: “Eu____ (nome completo do principal responsável pelo artigo) autorizo, caso meu artigo ____ (nome do trabalho apresentado), de autoria de ____ (nome de todos os autores) , seja aprovado pela Comissão Editorial da Revista de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som, a publicação no referido periódico”. O termo deve ser enviado em formato de imagem JPG ou PDF.
Sobre a Revista GEMInIS
A Revista GEMInIS foi criada em 2010, quando o Grupo de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som – PPGIS/UFSCar, completava seu terceiro ano de criação. A revista online e semestral, tem como objetivo reunir trabalhos científicos e artísticos que tratem de fenômenos próprios da convergência midiática. A publicação tem classificação Qualis B2 pela Capes, na área de Ciências Sociais Aplicadas. ISSN: 2179-1465.
Editor Responsável: Prof. Dr. João Massarolo
Co-editores Temáticos:
Prof. Dr. Eduardo Portanova Barros (UNISINOS)
Profa. Dra. Fernanda Aguiar C. Martins (UFRB)
Prof. Dr. André Gatti (FAAP)