Alunos de graduação desenvolvem programas e realizam estudos com mídias interativas
fonte: http://www2.ufscar.br/servicos/noticias.php?idNot=4681
A integração entre computadores, Internet, telefones celulares e outros dispositivos móveis facilitou o cotidiano das pessoas, pois permitiu o acesso à uma gama de informações e serviços de comunicação. Hoje é comum verificar os dados da conta bancária ou ler notícias atualizadas na tela de telefones celulares e, diante dessa dinâmica dos serviços de comunicação, alunos do curso de Imagem e Som da UFSCar realizam estudos e pesquisas que analisam e criam ferramentas eletrônicas que podem ser instaladas em dispositivos móveis. Os trabalhos são desenvolvidos peloGrupo de Estudos em Mídias Interativas em Imagem e Som (GEMInIS), coordenado pelo docente do Departamento de Artes e Comunicação da Universidade João Massarolo.
O acesso à Internet pelos dispositivos móveis, como smartphones, tablets, iphone e até telefones celulares mais simples, permitiu o desenvolvimento de novas ferramentas que facilitam desde a compra de ingressos para um show até a localização de endereços. Massarolo afirma que o uso desses aplicativos já faz parte do cotidiano de muitas pessoas que não dependem mais do computador de mesa para acessar informações e serviços disponibilizados na Internet. “Aquela época que íamos a uma sala de computador para acessar a Internet, já é do tempo dos nossos avós. Hoje, a gente não precisa esperar chegar em casa para ver um e-mail ou saber das notícias.”, explica.
Para o professor, a utilização de aparelhos móveis tornou o processo de comunicação mais dinâmico e facilitou o acesso à informação. “Os aplicativos proporcionam a leitura de uma notícia ou o recebimento de um e-mail, independente de onde as pessoas estão. Todos esses serviços estão disponíveis em tempo real e de uma forma muito mais imediata do que os antigos portais”, afirma.
Apesar de todo dinamismo no processo de desenvolvimento de aplicativos, o professor Massarolo afirma que as tecnologias mais atuais só estão disponíveis para os celulares mais modernos, que possuem mais funcionalidades e geralmente eles são vendidos por um preço elevado. “Existe um problema social, o da inclusão digital, mas que com o desenvolvimento de formas que barateiem esses aparelhos, no futuro não será mais um problema”, acredita o docente.
Para Massarolo, o aplicativo mais utilizado no Brasil é o Foursquare, que além de ser uma rede social, também é um jogo. Esse aplicativo utiliza um dispositivo de geolocalização que informa quais estabelecimentos e lugares estão próximos de seus usuários e ?mostra informações a respeito desses lugares. “Ele permite aos usuários, dar uma espiada dentro dos lugares, como um restaurante, por exemplo para saber sugestões de pessoas que o frequentaram, além de sugestões de pratos, comentários a respeito de seu funcionamento ou sobre a higiene do local”, explica João. O aplicativo também é um jogo, pois conforme os usuários visitam os lugares, eles ganham emblemas como recompensa pelas vezes que visitaram determinado lugar, podem até se tornar Prefeito do local e ter a liberdade de colocar fotos e informações do mesmo, isso, se ninguém roubar esse título. O Foursquare também é usado para conferir dicas de lugares que valem à pena serem visitados.
O engenheiro Adilson Nigro já usa o Foursquare há oito meses e aposta nessa nova tecnologia, pois a participação dos usuários possibilita melhorias contínuas no programa.”O Foursquare é uma ferramenta extremamente eficiente, ele dá uma visão dos estabelecimentos para o cliente que nunca foi possível antes. O aplicativo pode ficar ainda melhor quando ganhar mais adeptos”, disse.
A maioria dos aplicativos são gratuitos, ou seja, basta baixar no celular e começar a usá-lo. “Depois de baixar o aplicativo, ele se auto instala, o sistema pede sua localização atual, talvez o seu nome e e-mail para o cadastro, e a partir disso sua utilização é muito simples”, conta Massarolo.
Além dos estudos voltados aos aplicativos de celular, o grupo GEMInIS estuda várias mídias interativas por meio da produção de conteúdo para cinema, TV, videogames, mídias sociais, Internet, entre outras. Essa linha de pesquisa dá importância aos estudos teóricos e de metodologia que incluem a comunicação oral, as grandes mudanças da era digital e as estratégias de produção do conhecimento inserido na internet. O grupo também atua nos processos midiáticos, mercadológicos e tecnólogicos em Imagem e Som, como no desenvolvimento de aplicativos de jogos e nos estudos sobre estratégias de marketing, propaganda e a comunicação interativa. Nos estudos voltados aos jogos, os alunos trabalham a arte, o vídeo e principalmente a comunicação. “É raro uma Universidade que ofereça espaço para os alunos nessa área, e a UFSCar além de abrir esse espaço, ainda proporciona a eles o contato com empresas desenvolvedoras de jogos”, explica Massarolo.
Futuramente todos os espaços poderão estar virtualmente informatizados. “A tendência é o mundo digital desaparecer do nosso redor, ficar onipresente, se tornando invisível aos nossos olhos”, finaliza o docente. Mais informações sobre o Grupo de Pesquisa Geminis podem ser obtidas no site.