Acontecerá no dia 31 de agosto (terça), a partir das 14h na sala do LIVD-DAC, a apresentação e discussão dos seguintes temas durante o encontro do GEMInIS: “O Transmídia como agente transformador da narrativa de ficção espacial norte-americana: O caso de Battlestar Galactica”, apresentado por André Sanches (lattes); e “O design nas vinhetas de abertura de seriados: Do visual à desmaterialização”, apresentado por Gilberto Pereira (lattes); ambas as discussões serão mediadas pelo coordenador do grupo de estudos, Prof. Dr. João Massarolo da UFSCar.
Em “O Transmídia como agente transformador da narrativa de ficção espacial norte-americana: O caso de Battlestar Galactica”, André Sanches irá abordar como o estilo narrativo da ficção cientifica norte-americana, em especial a televisiva, mudou muito desde o seu início, que coincide com o inicio das transmissões de TV. Essa mudança, entretanto, acentuou-se nos últimos 15 a 20 anos. Ao invés do tradicional conceito de “aventura da semana em infindáveis semanas” de séries mais antigas como Perdidos no Espaço, Planeta Proibido ou as diversas encarnações de Star Trek, os recentes seriados passaram a fazer um uso muito maior de grandes arcos de história, plots e subplots que se expandem para além do meio televisivo além de, claramente, definirem no início do seriado que este um dia tera um final, talvez uma explicação para tudo. O objetivo é analisar, a luz dos conceitos hoje chamados de ‘narrativa transmídia’ como se deu essa transição da estrutura episódica para a estrutura seriada das atuais produções de ficção cientifica, usando pra isso o caso da série Battlestar Galactica, que possui duas versões, uma de 1978 e outra de 2003.
[referências: JOHNSON, Derek – Franchising Media Worlds (ainda não publicado)/ LYNNE, Joyrich – Re/Producing Cult TV: The Battlestar Galactica Issue].
Em “O design nas vinhetas de abertura de seriados: Do visual à desmaterialização”, Gilbeto Pereira tratará sobre as vinhetas de aberturas de seriados televisivos, que atualmente possuem uma alta carga de produção visual, quase sempre resultantes de um projeto de design gráfico em vídeo. Produzindo aspectos que não ficam apenas no visual, criando relações não materiais como sensações, sentimentos e idéias no espectador, fazendo acontecer a chamada desmaterialização da imagem. A proposta da apresentação consiste na análise da desmaterialização de partes de cinco vinhetas de aberturas de seriados de forma temática, sendo eles House MD, True Blood, The Wire, Sopranos e Dexter.
[referências: YOSHIURA, Eunice Vaz. Videoarte, videoclipe: investidas contra a “boa forma”. São Paulo: Porto de Idéias, 2007/ GOMES Fo, J. Gestalt do Objeto: sistema de leitura visual da forma. São Paulo: Escrituras, 2000].