Com a tecnologia móvel, entramos na 3º geração digital que foi inaugurada com o PC e sedimentada com a Internet. No mundo dos móbiles, o virtual e o real convivem no mesmo espaço, compartilham uma mesma ‘realidade’, só que de maneira mais concentrada. O acesso a essa ‘realidade concentrada’ se dá por redes móveis e os links são estabelecidos como na linguagem hipertextual, usando a mensagem de texto. A imersão nesses espaços é física e a navegação volta a ser o passeio pelas ruas, praças e monumentos da cidade. Nesses espaços o usuário pode caçar criaturas (Mogi), usar robôs (Botfighters) ou estudar (Frequency 1550), mas essas interfaces móveis estão posicionadas para a exploração de uma nova geração de adventures. Com as interfaces móveis, a cidade torna-se o cenário de aventuras em tempo real. Os jogos baseados em posicionamento de celulares usam a cidade como um tabuleiro e a a ‘tela do real’ passa a ser o espaço de projeções. Nesses espaços de multiusuários a plataforma de jogo são as interfaces móveis e as aventuras do real são mais fantásticas do que um rpg online. Buscando um posicionamento por celular, a pessoa sai de casa e vivencia aventuras no espaço cotidiano, monitoradas pelo GPS. Nas interfaces móveis, montar quebra-cabeças é a principal estratégia de um marketing bem sucedido. Nesses jogos, o imprevisto e o acaso são produzidos em rede e o jogador escolhe qual aventura deseja participar, de acordo com o seu posicionamento. Talvez essa seja a melhor maneira para se pensar o global de uma perspectiva local, regional.
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