Luc Besson foi um dos meus diretores preferidos no final dos anos 1980 e início dos 1990 com filmes como Imensidão Azul, A Profissional, Nikita e principalmente Subway, o filme mais punk de butique dos neons, patins, metrô, ladrões e a Isabella Adjani maravilhosa com a música mais foda do cinema francês.
Olha a lindeza que é It’s Only Mystey:
O cara filma bem e por isso ele começou a ganhar muito dinheiro, seus filmes se dando bem pelo mundo todo até que ele teve a brilhante ideia de ser o Spielberg francês.
Ou algo parecido.
Depois de O Quinto Elemento, de 1997, ele nunca mais foi o mesmo. Errou tanto, mas tanto que eu parei de assistir seus filmes de raiva mesmo.
Até que esse Anna caiu no meu colo, não sei como e eu me permiti.
O cara deve ter pirado numa ego trip tão grande, se achando tão fodão que Anna é um pastiche de vários filmes do próprio Luc Besson.
Dá pra acreditar?
Anna é um filme de espionagem exatamente como já vimos em Nikita, seu filme de 1990 com a deusinha Bridget Fonda.
Naquele, a inteligência francesa pega uma junkie da rua e a educa para ser uma super espiã.
Neste, a KGB pega uma junkie (na Rússia, claro) e a educa para ser uma super espiã.
Se você gosta de Nikita, vai até dar risada em algumas cenas de Anna.
E se o filme fosse só uma refilmagem não assumida pelo mesmo diretor, seria até que interessante entender o que aconteceu com ele em 30 anos. Uma coisa boa que aconteceu foi ele conseguir filmar com um povo do nível da Helen Mirren, que é um caricatura de chefona russa burocrata, até na peruca. Ridículo.
O problema é que Anna padece do mal cinematográfico de nossos tempos: as reviravoltas de roteiro.
Eu um dia, quando estiver de bom humor e com tempo, vou re assistir Anna e contar quantas dessas reviravoltas o filme faz.
Dá até tontura.
A história da lindíssima junkie que vira super espiã da KGB e acaba sendo modelo em Paris como cobertura para suas ações é tão besta que a gente não só sabe tudo o que vai acontecer nas próximas cenas como a gente aprende a entender que vai ter outra reviravolta de roteiro, depois da segunda que é bem cara de pau.
O divertido desse filme é fazer um drinking game, tomar um shot de sua bebida preferida a cada reviravolta que você adivinhe.
Garanto que ao final das 2 horas você vai estar dançando pelado na sala e até se divertindo com o filme.
Explicando o título em português do filme, Anna, O Perigo tem Nome, o nome do perigo é Anna. Então o filme deveria se chamar, Anna, o perigo tem seu nome que é Anna.
NOTA: 1/2
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