Brad Pitt, sinto muito mas não vai ser com Ad Astra que você vai ganhar seu Oscar de melhor ator.
O filme não é ruim e Brad, o Pitt, nem está tão mal.
Ad Astra é uma ideia boa em um filme ordinário. E Pitt está normal demais pra o que nos venderam.
O filme foi escrito e dirigido por James Gray, um cara até que bom mas que só faz filme mediano como Amantes, o ruim O Imigrante e Os Donos da Noite.
Ele também tem um dos piores e mais hypados filmes dos últimos anos, A Cidade Perdida de Z, um desperdício inacreditável.
Ad Astra é o primeiro projeto de Gray feito na Plan B, a produtora do Brad Pitt. E o filme é co produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, da RT Features, com nome grandão nos créditos.
O filme foi construído para dar o Oscar a Pitt, conta a história de um astronauta, em um futuro próximo, que é chamado para ir atrás de seu pai, um também astronauta, que 30 anos atrás foi para Saturno e por lá morreu.
Ou melhor, todo mundo acreditava nisso, só que mensagens estranhas recebidas ultimamente mostram que o herói do espaço está vivinho da silva pelos anéis do planeta no fim do sistema solar.
Como todo bom filme de viagem no espaço, Ad Astra é pretensamente profundo, com personagens cheios de elocubrações filosóficas sobre a vida em relação ao espaço e tudo o que a gente meio que não aguenta mais ver e ouvir nesses filmes pretensamente intelectualóides mas que usam disso para dar um verniz profundo quando na verdade, no caso de Ad Astra, é um filmão comercialzão cheio de clichês.
O filme é bonito visualmente, com direção de arte esperta ao mesmo tempo que erra feio em alguns momentos que são quase risíveis, como uma sala com uns móveis aleatórios antigos numa estação espacial.
Sim, o problema do filme é o roteiro, que não é nem filosófico demais e nem comercial demais.
A tentativa de popularizar discussões profundas deixou Ad Astra chata, nem lá nem cá, nem 2001 Uma Odisséia no Espaço nem Spaceballs.
Tá, exagerei, Mel Brooks não, mas tem hora que até dei umas risadas involuntárias.
Ad Astra poderia ser um O Marciano da vida, assumidamente filmão, mas não é. Faltou alguém ali que não colocou o pé no chão e percebeu que o filme não é nada do que eles achavam que seria.
O roteiro talvez fosse lindo no papel, o dinheiro está lá, o elenco é ótimo, tem Tommy Lee Jones, Ruth Negga, Donald Sutherland, Livy Tyller.
Mas para um filme de viagem espacial, com ideias novas sobre isso, com soluções até interessantes, caga na tanga quando tenta nos empurrar que o personagem do bonitão consegue entrar de gaiato no navio, ops, num foguete, subindo pelo motor, minutos antes da decolagem.
Fazer o público de burro é feio, minha gente.
Ah, fun fact: quase todos os filmes anteriores do diretor James Gray se passam em NY e são estrelados pelo Joaquin Phoenix. Que deve ganhar o Oscar de melhor ator no lugar de Brad Pitt, por um filme que se passa em ma quase NY.
NOTA:
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