Finalmente estreia o ótimo terror brasileiro Morto Não Fala.
O filme é dirigido e escrito pelo gaúcho Dennison Ramalho e conta uma história ótima.
Mas o melhor de tudo é que é muito bem dirigido, compensando até alguns probleminhas de roteiro.
O filme se passa na periferia de São Paulo e conta a história de um cara que trabalha à noite em um necrotério, o que acaba sendo um problema para seu casamento, já que sua mulher trabalha durante o dia (ele é funcionário, ela é bailarina, já disse o Chico) (ou se preferirem, como em Feitiço de Áquila, onde os amantes se encontravam no lusco fusco por poucos instantes).
Só que neste caso não tem romance certo. O casamento vai mal, a vida vai mal, ele vai sempre frustrado trabalhar e no frio e sem esperanças necrotério, ele encontra uma forma bizarra de passar seu tempo: ele conversa com os cadáveres.
E essa é a jogada de mestre do filme: os efeitos especiais dos cadáveres falando são maravilhosos.
Ouso dizer que sejam um ponto de mudança no cinema de terror, de tão impressionante que é.
Genial Ramalho ter se esmerado tanto com seu time de efeitos especiais para resolver esse que é o pulo do gato do filme.
Duas outras virtudes do filme, que não posso deixar de falar.
Primeiro o elenco encabeçado pelo sempre bom Daniel de Oliveira, junto com a Bianca Comparato, o Marco Ricca e minha preferida Fabiúla Nascimento. Um melhor que o outro.
E outra coisa a ser reconhecida, a trilha sonora, do meu amigo Paulo Beto. De se tirar o chapéu para os climas criados pelo mago dos synths.
É quase halloween, é cinema brasileiro, é filme bom e está em cartaz a partir de hoje.
Não percam.
NOTA: