Quem leu minha resenha de Midsommar sabe de minha então nova “admiração” por Jack Reynor, o irlandês que faz o namorado besta no filme.
Como não o conhecia, ou pelo menos não me lembrava de quem ele era, como vim a descobrir, acabei sabendo de um filme recente dele que não tinha visto, Glassland.
E não por nada, certeza que Ari Aster, o cara que fez Midsommar e Hereditário assistiu Glassland porque o trio principal do filme é composto por Reynor, seu companheiro de Midsommar, Will Pouter e pela mãe de todos os medos de Hereditário e nossa preferida Toni Collette.
Como o irlandês Glassland é de 2014, certeza que em algum momento esse filme entrou no radar do diretor americano.
Mas o interessante do filme acaba por aí.
Glassland é um dramão arrastado, onde Reynor é um bem pobre e bem jovem motorista de taxi que trabalha muito para pagar as despesas de sua mãe alcoólatra, uma super exagerada Toni.
E o filme é isso, ela bebendo, dando escândalo, chorando, vomitando e ele limpando tudo e tentando levar uma vida razoável, apesar de tudo isso.
O filme é bonitinho, forte, tem em Reynor um ótimo personagem, principalmente por ele ter muito cara de moleque bonitinho que sofre muito, até perder o controle em alguns momentos.
Mas Toni está um horror. Exagerada, dando escândalo das formas mais estranhas possíveis e sendo totalmente passiva em outros momentos que nem a mais exagerada bipolar conseguiria.
Nem a historinha do irmão doente, ou a historinha dele pegar um trabalho bem duvidoso para conseguir dinheiro pra mãe dão força a Glassland.
O roteiro do filme não coopera com nada, já que vai do nada ao lugar nenhum, não tem um propósito.
Parece que a equipe toda desistiu do filme em si quando ligaram a câmera e viram que bem iluminado, com o cabelo cortadinho e anbarba bem feita, Jack Reynor imprimiria quase que a pureza de um anjinho.
E eu não os culpo por isso.
NOTA: 1/2